Cancro do Fígado é o 6º mais comum no mundo e o 4º com maior mortalidade
“Mais de 90% dos casos de cancro do fígado são de um tumor designado carcinoma hepatocelular que quase sempre surge em pessoas que previamente já têm outra doença hepática. Este é o sexto cancro mais comum no mundo e o quarto com maior mortalidade. Com esta iniciativa, pretendemos alertar a população para a importância de prevenir, detetar e tratar precocemente o Cancro do Fígado, uma doença prevenível, evitável, tratável e, em muitos casos, até curável, mas que pode causar a morte, se o diagnóstico for tardio.”, explica Arsénio Santos, presidente da APEF.
“É de realçar que o Cancro do Fígado é uma doença silenciosa e, geralmente, não apresenta sintomas até aos estádios avançados. Ainda assim, é crucial estar atento aos sinais que, por vezes, passam despercebidos, como: fadiga sem razão aparente; dor ou desconforto do lado direito do abdómen superior; aparecimento de uma massa do lado direito do abdómen superior; dor na omoplata direita; perda de apetite ou sensação de enfartamento; perda de peso sem razão; náuseas; vómitos; e icterícia.”, esclarece Arsénio Santos.
E acrescenta: “A presença destes sintomas deve constituir um alerta para consultar o seu médico e realizar exames de diagnóstico. No entanto, a prevenção deve ser feita sobretudo pela vigilância das pessoas portadoras de cirrose hepática, hepatite B, hepatite C com fibrose avançada ou algumas outras doenças hepáticas. Todos estes doentes devem realizar rastreio a cada 6 meses, através da ecografia abdominal, sempre sob orientação do seu médico assistente. A razão deste facto é que está mais propenso a contrair cancro do fígado quem tiver cirrose hepática, quem for portador de hepatite B ou de hepatite C com fibrose avançada e quem tiver antecedentes familiares deste tipo de tumor.”
O médico conclui que “Grande parte dos fatores de risco são modificáveis. Aposte na prevenção, mantenha um estilo de vida saudável com menor consumo de açúcar e gorduras, faça exercício físico, beba álcool com moderação, não consuma drogas, não partilhe seringas nem outro tipo de objetos, como sejam os de higiene pessoal, vacine-se contra a hepatite B, evite relações sexuais de risco e, sempre que aconselhável, use preservativo. É também importante que esteja atento aos sinais e sintomas do seu corpo e que recorra regularmente ao seu médico, de forma a detetar e tratar precocemente a doença”.