Estudo

Cancro da mama triplo negativo é responsável por 36% do total de mortes por cancro da mama

De acordo com um estudo, realizado pela MSD, sobre o impacto socioeconómico do cancro da mama triplo negativo (CMTN), o subtipo mais agressivo e com pior prognóstico de cancro da mama, este subtipo de cancro te um estrondoso impacto na economia do país.

Apesar de representar apenas 15% do total de casos de cancro da mama, os s dados do estudo revelam que existem 7052 pessoas diagnosticadas com CMTN em Portugal e alertam para a taxa de sobrevivência mais reduzida destes doentes, comparativamente com outros tipos de cancro da mama. O CMTN representa 36% do total de mortes por cancro da mama – em 2019, o CMTN foi responsável pela morte de 676 mulheres.

Desenvolvido pela IQVIA, o estudo contabiliza 21 266 anos de vida perdidos em 2019, o que, assumindo uma esperança média de vida de 83 anos, equivale à morte de 256 mulheres à nascença.

De notar que este tipo de cancro afeta frequentemente mulheres em idade ativa: no período em análise, foram diagnosticados 1 272 novos casos, com maior incidência na faixa etária dos 45 aos 49 anos.

Os dados apresentados demostram o impacto da doença na vida profissional: das 7 052 doentes diagnosticadas com CMTN, apenas cerca de 30% mantêm a sua atividade laboral. O estudo revela que 71% das mulheres com doença não metastática suspende a atividade profissional ou abandona o mercado de trabalho em definitivo. Em caso de doença metastática, 95% das doentes suspende a atividade ou abandona definitivamente o mercado de trabalho. No relatório, estão contabilizados 1 300 anos perdidos por incapacidade, o que representa um impacto anual negativo na economia de 23 milhões de euros.

 

 

 

 

Fonte: 
MSD
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
ShutterStock