Campanha internacional desvenda sete mitos que prejudicam a saúde da mulher
#JustAMyth 1: É normal ter menstruações abundantes
A hemorragia uterina abundante (HUA) é uma condição médica em que o fluxo menstrual é excessivo e pode afetar de forma negativa a qualidade de vida física, social e emocional de uma mulher. Uma em cada três mulheres sofre de HUA em algum momento da sua vida. Esta é uma condição que pode ocorrer sozinha ou em conjunto com outros sintomas. No entanto, existem várias opções de tratamento disponíveis. Fale com o seu médico para saber se sofre de HUA e quais as opções que podem ser adequadas para o seu caso.
#JustAMyth. 2: As mulheres não podem mudar as suas hipóteses de ter cancro da mama
Muitos dos fatores de risco mais importantes para o cancro da mama estão para lá do nosso controlo, como ser mulher, a idade, fatores genéticos e histórico familiar. Adicionalmente, ter seios densos aumenta o risco de desenvolver cancro da mama. MAS: As mulheres podem tornar-se ativas na prevenção e reduzir o risco de cancro da mama tanto quanto possível, por exemplo, praticando atividades físicas, mantendo uma dieta equilibrada e peso saudável, para além de não serem fumadoras. Por fim, fazer os exames de rotina recomendados é também um bom começo.
#JustAMyth 3: A menopausa começa de forma repentina aos 50 anos
A menopausa é um processo natural e inevitável devido ao envelhecimento dos ovários, uma vez que estes produzem cada vez menos hormonas sexuais. Embora a idade média para a menopausa seja aos 51 anos, as mulheres podem começar a sentir as suas manifestações (como a irregularidades nos períodos menstruais, afrontamentos e distúrbios do sono) aos 40 anos (ou em alguns casos até aos 30). Os sintomas da menopausa podem ser duradouros e debilitantes, afetando tanto a vida privada, quanto a produtividade no trabalho, mas as mulheres não precisam de viver com eles. Fale com o seu médico sobre os seus sintomas e como é que eles podem ser tratados.
#JustAMyth 4: O cancro da mama causa sempre um caroço que eu posso sentir
O cancro da mama nem sempre causa um nódulo distinto, especialmente nos estadios iniciais. É possível que, quando isso acontecer, o cancro já se tenha espalhado para além da mama para os nódulos linfáticos. Os exames regulares, como a mamografia, podem ajudar a detetar a doença no seu estadio inicial e tratável.
#JustAMyth 5: As mulheres jovens não têm endometriose
Estima-se que até 15% das mulheres em idade fértil são afetadas pela endometriose, uma doença recorrente e persistente nas mulheres. A endometriose pode ser física e emocionalmente debilitante, reduzindo significativamente a qualidade de vida geral das mulheres, exercendo um impacto negativo no seu desempenho académico e produtividade no trabalho. Fale com o seu médico se sentir que pode ser afetada por esta doença para descobrir quais as opções de tratamento que podem ser adequadas ao seu caso.
#JustAMyth 6: Se eu tiver qualquer tipo de cancro no tecido mamário, uma mamografia com certeza vai encontrá-lo
As mamografias padrão não detetam cerca de 20 por cento dos cancros da mama no momento do diagnóstico. Para os tipos de cancro com mais risco a triagem adicional, como a ressonância magnética ou mamografia com contraste, pode ser uma boa opção. Isto é particularmente importante em mulheres com seios densos, onde é ainda mais difícil ver um tumor numa mamografia. Fale com o seu médico sobre a sua densidade mamária e o método de check-up para diagnóstico mais adequado para si.
#JustAMyth 7: Os métodos naturais para controlo da natalidade não exigem rotinas
Os métodos naturais para controlo da natalidade podem basear-se na duração do ciclo menstrual ou na identificação de sinais e sintomas (como a temperatura basal e muco cervical) para determinar o período fértil. Estes métodos não têm interferência química ou mecânica e não exigem nenhuma toma. No entanto, exigem um entendimento aprofundado da mulher sobre o seu ciclo menstrual, monitorização rigorosa e diária dos sinais de fertilidade e períodos de abstinência sexual. Não são métodos recomendados a mulheres em extremos da vida fértil (adolescência, perimenopausa), têm menor eficácia (até 24% das mulheres pode engravidar no 1º ano de uso) e podem ser difíceis (e até impossíveis) de usar por mulheres com ciclos irregulares ou quando existem condições médicas que dificultam a monitorização dos sinais de fertilidade.