Dia Mundial da Higiene das Mão

Campanha do CHUCB visa alertar para a prevenção e controlo da infeção hospitalar

No âmbito da comemoração do Dia Mundial da Higiene das Mãos, que se assinala hoje - 5 de maio, o Grupo Coordenador Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (GCL-PPCIRA), do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB) está a promover uma campanha de sensibilização e promoção de boas práticas, a adotar por todos os profissionais envolvidos na prestação de cuidados de saúde, tendo em vista minimizar o risco de infeção e a transmissão cruzada.

Esta iniciativa, visa alertar para as precauções básicas de prevenção e controlo da infeção hospitalar, que em primeira instância assentam na incontornável questão da HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, mas também, através da CAMPANHA ZERO, chamar a atenção dos profissionais de saúde e outros colaboradores do hospital, para determinadas opções e atitudes a adotar, tais como: não usar adornos (pulseiras, relógios de pulso, anéis, etc.), unhas pintadas e cabelos compridos soltos, durante a prestação de cuidados, fatores promotores de transmissão de infeção, e por conseguinte, de risco acrescido para a saúde e segurança do doente, dos profissionais e das suas famílias.

Após um ano, em que todas as atenções estiveram centradas na questão da transmissão de infeção, devido à alta contagiosidade da covid-19, com os hospitais a terem de se adaptar a novas rotinas / procedimentos de trabalho e a técnicas de desinfeção sem precedentes, o CHUCB não poderia deixar de assinalar este dia, relevando a atuação dos seus profissionais, através de mais uma dinâmica inclusiva e pedagógica.

De acordo com o GCL-PPCIRA, no ano de 2020 o CHUCB registou uma taxa de adesão global à higienização das mãos superior à média nacional, “as nossas unidades de saúde - Covilhã e Fundão - registam uma taxa de adesão de 86,30%, ou seja, uma taxa superior face à média nacional, que se situou em 82,70%, sendo que o grupo profissional que revelou maior índice de adesão foi o de enfermagem”. Os valores alcançados foram mensurados tendo em consideração os 5 momentos instituídos para a higienização das mãos, designadamente: antes do contacto com o doente, antes do procedimento asséptico, depois de risco de exposição a fluídos, depois de contacto com o doente e depois de contacto com o ambiente do doente.

Recorde-se que a monitorização da prática da higiene das mãos nas unidades de saúde teve início em 2009, após a adesão de Portugal à Campanha de Higiene das Mãos preconizada pela OMS, sob o mote “medidas simples - salvam vidas”. Contudo, já em 2008, o CHUCB era percursor nesta matéria, no seguimento de um projeto de investigação da Enfermeira Ana Rita Rojão, que integrou o programa da OMS dedicado à prevenção e controlo de infeção hospitalar, e que permitiu implementar na instituição diversas estratégias de higienização das mãos, tornando este Centro Hospitalar, entidade pioneira na aplicação das guidelines da OMS.

Alguns anos mais tarde, o CHUCB fez também parte, com sucesso, do programa STOP INFEÇÃO HOSPITALAR, projeto piloto implementado em apenas 12 hospitais públicos do país, que visou reduzir em 50% a incidência das infeções hospitalares, num período de três anos.

As infeções associadas a cuidados de saúde, são um problema sério de saúde pública, pois aumentam a morbilidade e a mortalidade, prolongam os internamentos e agravam os custos em saúde. Acentuam a necessidade de utilização de antibióticos, inviabilizam a qualidade dos cuidados e são a principal ameaça à segurança dos cidadãos.

Fonte: 
Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB)
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB)