Unidades de Saúde Locais e Hospitais

Bolsas Mais Valor em Saúde distinguem quatro projetos do SNS baseados em Value Based Healthcare

O júri já selecionou os vencedores das Bolsas “Mais valor em Saúde – Vidas que Valem”, uma iniciativa que reconhece projetos apresentados por entidades do Serviço Nacional de Saúde e que, nesta sua primeira edição, recebeu 27 candidaturas e distinguiu 4 projetos que serão financiados com bolsas no valor individual de €50.000,00, constituídas por horas de apoio especializado à execução de cada projeto vencedor a prestar pelos parceiros Exigo e IASIST.

O Programa “Mais Valor em Saúde – Vidas que Valem”, que conta com o apoio institucional da Ordem dos Enfermeiros, da Ordem dos Farmacêuticos e da Ordem dos Médicos, pretende apoiar a implementação de projetos nos Hospitais do SNS que visem introduzir nas suas estruturas as alterações necessárias à melhor alocação de recursos em saúde nos hospitais e unidades do SNS.

Os projetos que conquistaram as quatro Bolsas “Mais valor em Saúde – Vidas que Valem” foram selecionados por um Júri composto por personalidades de reconhecido mérito, experiência profissional e/ou académica presidido por Maria de Belém Roseira, ex-ministra, e que conta com Miguel Guimarães, Bastonário da Ordem dos Médicos, Ana Paula Martins, Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Rita Cavaco, Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Alexandre Lourenço, Presidente da APAH, Pedro Pita Barros, Economista da Saúde e Professor da Universidade Nova de Lisboa e Vera Arreigoso, jornalista especialista em temas da saúde.

O programa “Mais Valor em Saúde – Vidas que Valem”, é uma iniciativa da APAH, da Exigo, da Gilead e da IASIST.

De entre as 27 candidaturas, os projetos vencedores foram a Unidade Local de Saúde de Matosinhos, com um projeto de Avaliação de Úlceras Por Pressão (UPP) Em Contexto Domiciliário com Recurso à Imagem Digital/Dispositivo Móvel.

Este projeto tem como objetivo implementar melhorias no procedimento de avaliação de UPP, no domicílio com recurso a dispositivo móvel/app e a integração desta informação, como forma de obter resultados no processo de cicatrização destas feridas crónicas multifatoriais e na utilização e gestão dos recursos existentes para o tratamento e consultadoria de profissionais peritos na área de gestão e tratamento de feridas.

Por outro lado, pretende a avaliação do procedimento de recolha de imagem (efetividade, qualidade, segurança e interoperabilidade) e do processo de cicatrização das UPP (efetividade, rigor, implicações no plano de tratamento, recurso à consultadoria, redução do tamanho da UPP em 3 meses e em 1 ano, % de UPP cicatrizadas, diminuição na referenciação para UCC e no tempo de permanência em UCC) pelos elementos do projeto.

A Unidade Local de Saúde de Matosinhos, como o projeto Unidade De Medicina De Proximidade ‐ Ump, foi outro dos vencedores.

O Hospital De Santa Marta foi distinguido com o projeto de “Monitorização Remota Na Prevenção Da Descompensação Da Insuficiência Cardíaca – More Card”. Este projeto visa a formação de uma Unidade Ambulatória de Monitorização Remota Cardíaca, que pretende integrar a monitorização à distância realizada através da transmissão de sinais vitais, dados de Cardioversores-Desfibrilhadores Implantáveis (CDI) e Terapêutica de Ressincronização Cardíaca (TRC) e pressão na artéria pulmonar num só setor que inclua todos os equipamentos e profissionais necessários, com a dimensão e recursos adequados.

A Unidade Local De Saúde Do Alto Minho com o projeto “Dor Crónica: O Doente No Centro Da Relação Hospital – Cuidados De Saúde Primários” foi outro dos vencedores. Com este projeto, será possível criar uma nova e eficaz resposta para o tratamento das pessoas que sofrem com dor crónica, promovendo descentralização dos cuidados hospitalares, incrementando a proximidade entre os diferentes níveis de cuidados e permitindo a seleção correta dos doentes que necessitam de intervenção a nível hospitalar, potenciando uma referenciação rápida e eficaz para a consulta hospitalar

“A criação de um modelo inovador de abordagem clínica da dor crónica, multidisciplinar, interativo e abrangente, permitirá melhorar o diagnóstico e seguimento da pessoa com Dor crónica ao nível dos CSP, permitirá a construção de uma rede de referenciação integrada de Dor, com consequentes ganhos em saúde para o doente e para o Serviço Nacional de Saúde”, pode ler-se em comunicado, quanto a este projeto.

 

Fonte: 
Wisdom Consulting
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
Unidade Local de Saúde de Matosinhos (ULSM)