Atletas de alto rendimento rendidos aos tratamentos por Crioterapia

O que é a crioterapia? Para quem não sabe este é um um sistema inovador que recorre à exposição de temperaturas extremamente baixas para tratar ou atenuar os efeitos de diversas doenças como a psoríase, a dermatite atópica, os eczemas, a artrite reumatoide, a espondilite, a osteoartrite, a lombalgia, enxaquecas e ainda distúrbios do sono. Muito utilizada também para tratamentos estéticos e terapêuticos na pele, a crioterapia pode ser aplicada através de jatos em spray ou com sondas previamente resfriadas. A palavra derivada da palavra grega ‘kryos’, que significa frio, utiliza gelo seco ou nitrogénio líquido, chegando a temperaturas de 160 graus celsius negativos.
“Este é um tratamento perfeitamente seguro e com resultados clínicos comprovados”, salienta Rachel Crivelli, responsável da Cryomed Portugal. “A crioterapia ativa as defesas naturais do nosso organismo através de uma exposição, de curta duração, a temperaturas entre os 100º e os 160º graus negativos”, explica Rachel Crivelli. A responsável da Cryomed Portugal adianta que “todo o organismo é estimulado pelo sistema nervoso, que reage ao choque térmico e leva à libertação de endorfinas, que fazem com que a crioterapia tenha efeitos analgésicos”. A crioterapia estimula ainda a produção de cortisol, uma hormona responsável pela redução do stress e que proporciona também uma ação anti-inflamatória.
Além da utilização na área médica, Rachel Crivelli revela que a crioterapia tem sido também muito utilizada na vertente desportiva, para acelerar a recuperação de atletas. “Esta terapia tem a vantagem de acelerar a recuperação dos treinos intensivos ou das provas, melhorando assim a performance dos atletas e auxiliando na resolução, com comprovada celeridade, de lesões ou outros problemas originários da prática desportiva e do esforço muscular”, acrescenta. A realização de sessões de crioterapia depois do exercício físico, alivia a fatiga, relaxa, alivia a dor tardia dos músculos e assegura um sono tranquilo, acrescenta a referida responsável.
Para muitas equipas profissionais de ciclismo, como a espanhola Movistar, de futebol e até seleções nacionais de várias modalidades desportivas, como a equipa de râguebi do País de Gales, o recurso a programas de sessões intensivas de crioterapia já faz parte da preparação da pré-época e muitos atletas, como Sara Moreira, especialista nos 3000 metros com obstáculos e em provas de fundo, ou o ultra maratonista Pedro Conde, incluem nas suas preparações um programa de manutenção constante durante a época desportiva.
“A crioterapia localizada tem um efeito analgésico temporário e ajuda na recuperação dos músculos, dos tendões e de lesões provocadas por esforço excessivo, especialmente quando feito em conjunto com massagem, fisioterapia ou osteopatia”, assegura a responsável da Cryomed Portugal, reforçando que a crioterapia localizada “é aconselhada a toda a população, enquanto a de corpo inteiro deve ser usada apenas por utilizadores com mais de 12 anos de idade”. Rachel Crivelli garante que “todo o processo é perfeitamente seguro e que, desde que todo o protocolo e procedimentos sejam seguidos, não há efeitos secundários negativos registados”.