RESPIRA

Associação alerta para as consequências da reprovação da nova lei do tabaco

A RESPIRA - Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e outras Doenças Respiratórias Crónicas subscreve o Manifesto das entidades ligadas à área da saúde respiratória apresentado no parlamento, e defende que é urgente regular os novos produtos de tabaco, minimizar os riscos de consumo e reforçar as consultas de Cessação Tabágica a nível nacional.

A tomada de posição da Associação RESPIRA é assumida publicamente perante a hesitação demonstrada pelos deputados das várias bancadas em relação à pertinência da nova lei do tabaco e à continua escassez de consultas de apoio à Cessação Tabágica nos cuidados de saúde primários.

“O tabagismo é, atualmente, um grave problema de saúde pública, representa elevados gastos para o serviço nacional de saúde e é responsável pela diminuição da qualidade e duração de vida do fumador e de todos aqueles que se encontram frequentemente expostos ao fumo passivo.

É urgente a promoção de medidas restritivas ao consumo do tabaco tradicional e tabaco aquecido. Está provado cientificamente, como aliás defende a Sociedade Portuguesa de Pneumologia, Fundação Portuguesa do Pulmão, Pulmonale e a Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo, que este tipo de tabaco é nocivo para a saúde e pode provocar dependência, tal como os cigarros”, explica Isabel Saraiva, vice-presidente da RESPIRA.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o consumo de tabaco, na Europa, é responsável por um milhão e 200 mil mortes anuais, e em Portugal atinge cerca de 20 a 26% da população.

“Deixar de fumar é um processo difícil e complexo, pelo que o acesso aos cuidados de saúde que apoiam esta decisão deve ser uma prioridade: consultas de apoio disponíveis a horas convenientes, com equipas de profissionais multidisciplinares, e terapêuticas medicamentosas financeiramente comportáveis.

Só para recordar: as consultas de cessão tabágica entre 2009 e 2013 diminuíram e, em 2014, só 3,6 % das pessoas que deixaram de fumar recorreram a apoio médico ou medicamentoso. É necessário apostar em medidas que ajudem as pessoas a deixar de fumar e incentivar os mais jovens a não iniciarem este vício”, conclui Isabel Saraiva.

Fonte: 
Creative Press
Nota: 
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