Novo tratamento

Aprovação de comparticipação de medicamento para tratar Micose Fungoide e Síndrome de Sezary “é um marco importante em Portugal”

A partir de agora, os doentes com Micose Fungoide e Síndrome de Sezáry vão ter acesso a um tratamento inovador que contribuirá para uma “melhoria significativa da sua qualidade de vida”. O Poteligeo, assim se chama o medicamento, está disponível para os casos que tenham recebido previamente pelo menos uma terapia sistémica, avança o Infarmed.

De acordo com Iván Silva Romero, Southern Cluster Payer Value & Patient Access Director & Country Manager Spain da Kyowa Kirin, o mogamulizumab – é assim que chama a substância ativa do fármaco -, é “um anticorpo monoclonal indicado para o tratamento da Micose Fungóide (MF) e da Síndrome de Sézary (SS), que são os subtipos mais comuns de linfoma cutâneo de células T”

Mais especificamente, explica, “este tratamento está indicado em doentes que tenham recebido previamente pelo menos uma terapêutica sistémica, ou seja, em doentes que tenham sido previamente tratados com outros medicamentos que, para exercerem a sua ação, tenham de passar direta ou indiretamente para o sangue”.

Com esta aprovação, Iván Silva Romero diz que se espera que os doentes com MF e SS “tenham acesso a um novo tratamento que lhes permita melhorar a sua qualidade de vida”. Considerando importante referir que “esta aprovação, e a sua inclusão no sistema de saúde, irá aumentar a visibilidade da doença, facilitando o diagnóstico de novos doentes, reduzindo assim o impacto socioeconómico que esta causa”.

Segundo a informação disponibilizada pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA), Poteligeo só pode ser obtido mediante receita médica e o tratamento deve ser supervisionado por um médico com experiência no tratamento do cancro.

A Micose Fungoide e Síndrome de Sezáry são considerados os dois subtipos mais comuns de Linfoma Cutâneo de Células T, um tipo de cancro raro, com origem nos linfócitos, que se manifesta na pele.

De um modo geral, resume a APCL, “este tipo de linfomas é raro e na maioria dos casos tem um crescimento lento, não afetando a esperança média de vida, podendo assemelhar-se mais a uma doença prolongada de pele (doença crónica)”.

Fonte: 
Infarmed
Agência Europeia de Medicamentos (EMA)
Nota: 
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