Jovens (18-21 anos) e idosos (+65 anos) são quem mais prioriza a saúde

Apenas 4,4% dos portugueses apresenta despesas de saúde como primeira prioridade

A 7 de abril celebra-se o Dia Mundial da Saúde e a Intrum não quis deixar passar esta data em branco. Assim, através dos dados do seu estudo European Consumer Payment Report, procurou analisar qual a relevância atribuída aos gastos com a saúde pelos consumidores portugueses. Os dados do estudo foram recolhidos em 2021 a uma amostra de 1000 portugueses responsáveis pelas despesas do seu lar, dos quais 493 eram mulheres e 507 homens.

Hoje em dia, também fruto dos desafios impostos pelo contexto atual, torna-se necessário priorizar certos setores quando ponderamos onde vamos alocar o nosso dinheiro. Tendo esta questão presente, verificamos que a saúde não surge como a principal prioridade para a generalidade dos consumidores portugueses (44% das pessoas nem coloca a saúde no top 5 de gastos prioritários).

A ocupar o lugar de destaque de prioridades, encontramos as despesas com água, gás e eletricidade (25,8%), seguidas das obrigações com hipotecas (25,3%) e rendas de habitação (24,9%). Por outro lado, como setores menos prioritários surgem as compras online (1,2%), os custos com cuidados infantis (1,6%) e as despesas com acesso à Internet (2,7%).

Os dados relevam que apenas 4,4% dos portugueses considera o setor da saúde como a principal prioridade nos seus gastos mensais. Este número assume uma maior relevância junto do sexo masculino com 5,9% comparativamente aos 2,8% das mulheres portuguesas.

Curiosamente é nas gerações das faixas etárias extremadas que encontramos uma maior preocupação com a saúde. Se 8,7% das pessoas com mais de 65 anos dão prioridade às despesas médicas, este número decresce apenas para 7,0% quando nos referimos à geração Z (idades entre os 18-21 anos). A geração que prioriza menos os gastos com a saúde situa-se na faixa dos 45 aos 54 anos (2,9%).

Luís Salvaterra – Diretor-Geral da Intrum Portugal – alerta ainda que “as pessoas com rendimentos familiares mais baixos não tendem a atribuir tanta importância à saúde nas suas despesas mensais (apenas 1,4% destas coloca a saúde em primeiro plano). Este facto contribui então para aumentar a desigualdade presente na sociedade, extrapolando-se as diferenças económicas a uma desigualdade também na saúde”.

 

Fonte: 
Unimagem
Nota: 
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