Estudo

Apenas 42% dos portugueses considera que é acompanhado por um médico

Quando questionados sobre a quem recorrer numa situação de saúde não muito grave, mas de origem desconhecida, a percentagem de portugueses que marcaria uma consulta num médico especialista e a procura de informação online é exatamente a mesma (13%). Quem o confirma é o estudo “A Saúde dos Portugueses", uma iniciativa que marca os 25 anos da Médis, em colaboração com a Return On Ideas.

No topo de prioridades de ação, os indivíduos revelam ter uma maior preferência por marcar uma consulta no médico de família /médico assistente (25%) ou pela ida a um centro de saúde (24%), no entanto, o mesmo não se regista na região de Lisboa onde apenas 17% confirma recorrer a um Centro de Saúde (vs. 27% no Porto ou 31% no Alentejo). Já a opção de contactar a linha SNS 24 cai para 17%.

No que respeita ao contactar diretamente um médico assistente, 87% dos inquiridos admite perentoriamente que não o faria, já que prefere ser vistos presencialmente (35%), no entanto, para os inquiridos que têm médico assistente, estes indicam ter maior facilidade de acesso do que quem tem médico de família, pelo que se intui serem figuras diferentes.

Neste sentido, torna importante sublinhar que apenas 42% dos portugueses inquiridos considera ter um médico que conhece totalmente e acompanha o seu estado de saúde, com 72% a admitir que ter um bom médico (alguém que reconhece o histórico, que tem em consideração o bem-estar e dialoga muito para além dos sintomas estritos da doença) é um dos aspetos mais determinantes para uma pessoa se sentir bem acompanhada em termos de saúde. Afinal, contar com um médico a quem “se pode ligar” e com quem se consegue manter uma relação de proximidade é determinante para admitir ter um bom acesso aos serviços de saúde.

No entanto, existem alguns fatores a considerar na avaliação do médico de família atribuído pelo SNS, já que não existem discursos consistentes; tanto se encontram pessoas satisfeitas, como pessoas muito insatisfeitas, seja por motivos atribuíveis ao processo (marcação, tempo de espera, tempo disponível para consulta, etc.), ou ao próprio médico. Além disso, assiste-se a uma desigualdade entre regiões na distribuição do médico de família do SNS, sendo Lisboa a região onde mais pessoas referem não ter médico de família atribuído (19%).

 

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