APDP alerta para a importância dos programas continuados de rastreio e tratamento da retinopatia diabética
O número reduzido de encaminhamento de pessoas com diabetes e retinopatia para consultas de oftalmologia prova a importância dos programas continuados de rastreios. Este acompanhamento anual feito em contexto de proximidade permite que as pessoas realizem o rastreio na sua unidade de saúde, evitando deslocações e gastos desnecessários. Este tipo de programas contribuem para uma maior eficiência dos sistemas de saúde.”, explica João Filipe Raposo, Diretor Clínico da APDP.
A vigilância dos olhos das pessoas com diabetes é fundamental, sendo a única forma de preservar a visão. A APDP realiza, em colaboração com a ARS Lisboa e Vale do Tejo, rastreios de proximidade da retinopatia diabética há cerca de 20 anos, em unidades de cuidados de saúde primários, abrangendo cerca de 50 mil pessoas com diabetes em 2021, o que equivale a 200 mil fotografias realizadas ao fundo do olho.
Para José Manuel Boavida, presidente da APDP, “seria fundamental o alargamento deste programa às regiões que se encontram sem rastreio. A APDP está sempre disponível para colaborar e tem o conhecimento e as condições necessários para o tratamento atempado, o que nem sempre acontece noutros locais. Só um diagnóstico atempado pode evitar perda de visão”.
A retinopatia diabética é uma complicação que surge, muitas vezes, sem queixas, podendo existir doença grave sem que haja diminuição da visão ou qualquer tipo de sintomas.
O rastreio da retinopatia diabética é feito de uma forma simples, através de fotografias ao fundo do olho (retinografia). Permite detetar as alterações da diabetes no olho e encaminhar a pessoa para a consulta de oftalmologia em caso de necessidade.