ANADIAL apresentou um livro com histórias de vida de doentes renais
“Esta iniciativa teve como objetivo partilhar diferentes histórias de pessoas que foram diagnosticadas com doença renal crónica e que são testemunhos de força, coragem e resiliência”, explica Sofia Correia de Barros, presidente da ANADIAL.
Com este livro, pretendeu-se partilhar as histórias de 11 pessoas que são uma inspiração para todos os que lidam diariamente com a doença renal crónica. A primeira edição do livro contará com 11 mil exemplares que serão entregues a todos os doentes a realizar hemodiálise, em Portugal. No lançamento estiveram presentes três dos 11 testemunhos contemplados no livro.
Sabina Aboobaker, doente renal que deu o seu testemunho, admite que não se esquece que tem a doença, mas que também não faz dela o centro da sua vida. “Sempre vivi muito bem com a minha condição e tanto a minha família como amigos estão muito bem informados, pelo que não há dramas”, explicou.
Também Sónia Cartaxeiro, portadora de síndrome de Alport, assume já ter passado por vários obstáculos na sua vida, no entanto, opta por “escolher o amor e ser feliz”. Sónia “queria e quer continuar a mostrar que ser doente renal crónico e a fazer diálise não é o fim e que a vida não tem de parar”.
Com o mesmo sentimento de aceitação e vontade de continuar a viver, Vítor Damião, doente renal desde 2011, afirmou que esta mudança na sua vida não o impede de continuar a ter objetivos, continuando com imensa vontade de os concretizar. Vítor é da opinião de que a superação desta e de qualquer outra doença “deve ser encarada com esperança nas metodologias e equipamentos atuais e futuros e procurando ajudar a ganhar dias à doença”.
“A Associação Nacional de Centros de Diálise está empenhada em aumentar o conhecimento da população sobre a doença renal crónica e em consciencializar para a importância da sua prevenção e do seu tratamento precoce. No âmbito dos nossos esforços de mobilização ao nível da prevenção estamos também a promover a campanha “A Vitória Contra a Doença Renal começa na Prevenção”, que conta com o apoio das sociedades científicas e associações de doentes desta área”, concluiu Sofia Correia de Barros.
A doença renal crónica caracteriza-se pela deterioração lenta e irreversível da função dos rins. Como consequência da perda desta função, existe retenção no sangue de substâncias que normalmente seriam excretadas pelo rim, resultando na acumulação de produtos metabólicos tóxicos no sangue (azotemia ou uremia). Os doentes com diabetes, hipertensão arterial, obesidade e historial familiar de doença renal podem estar em risco de desenvolver esta doença.