No podcast "Como anda a nossa saúde?”

“Ainda não surgiu a necessidade” de criar um programa nacional para a saúde da mulher, diz Diretora-Geral da Saúde

No podcast “Como anda a nossa saúde?”, a médica fez ainda um balanço sobre a cobertura vacinal para a Covid-19 e gripe, assim como o processo de inclusão das farmácias comunitárias na campanha de vacinação.

A Diretora-Geral da Saúde, Rita Sá Machado, afirmou, esta quarta-feira, no podcast “Como anda a nossa saúde?”, que “ainda não surgiu a necessidade” de criar um programa nacional da saúde da mulher, à semelhança dos que já existem noutros países. A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS) já tinha proposto publicamente, no ano passado, a importância de avançar com este plano. 

“Embora não exista um programa vocacionado para a saúde da mulher, nós temos várias áreas que, se nós as interligássemos formalmente através de um documento, nós tínhamos também um programa nacional para a saúde da mulher”, justifica Rita Sá Machado. “Aquilo que estamos a implementar no terreno parece, por enquanto, ainda estar a funcionar”. 

A médica de saúde pública, que tomou posse como diretora da Direção-Geral da Saúde (DGS) em novembro do ano passado, não descarta, no entanto, a criação de um programa no futuro. “Dentro da Organização Mundial da Saúde, começa-se não só a falar de programas para a saúde da mulher, mas até de programas para a saúde do homem, porque são também importantes e são áreas de relevo para a nossa sociedade”, continua. 

Sobre a inclusão das farmácias comunitárias nas campanhas de vacinação — uma medida que gerou polémica —, a médica refere que “os portugueses gostaram de ter mais um ponto de contacto com o sistema de saúde” e que estas entidades foram um reforço dos pontos de vacinação sazonal. “Esperamos poder contar com as farmácias comunitárias no próximo ano”, conclui. 

Ao podcast da Onya Health, Rita Sá Machado revela ainda que houve uma diminuição no número de vacinados contra a Covid-19 no último inverno face ao ano anterior, que justifica com o conceito de “fadiga pandémica”. No entanto, frisa que a taxa de cobertura vacinal contra a gripe foi ao encontro dos anos anteriores.  

O papel da DGS na vida dos portugueses, os desafios para a saúde advindos da migração na Europa e o envelhecimento da população foram também pontos de discussão durante a conversa. 

Fonte: 
Onya Health
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
Imagem cedida por Onya Health