Perda de eficácia

África pode estar a criar resistência aos medicamentos contra a malária, diz estudo

Uma equipa de investigadores no Ruanda, alerta para a possibilidade de estar a surgir resistência aos medicamentos para a malária em África, tal como aconteceu, há uma década no Sudeste Asiático.

O estudo, publicado na revista Lancet Infectious Diseases, revelou que a artemisina nem sempre consegue combate os parasitas da malária.

Os investigadores monitorizaram o tratamento de 224 crianças com malária com idades compreendidas entre seis meses e cinco anos em três áreas do Ruanda. Em dois dos locais, cerca de 15% das crianças ainda tinham parasitas detetáveis ao fim de três dias, adaptando os critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS) para resistência parcial.

Os investigadores também encontraram certas mutações nos parasitas.

Este estudo, e outros dados, sugerem que estamos "à beira de uma resistência à artemisina clinicamente significativa em África, como surgiu no sudeste asiático há mais de uma década", escreveu Philip Rosenthal num comentário que acompanha este estudo.

"A perda de eficácia dos principais ACTs [terapias combinadas baseadas em artemisina], em particular a artemether-lumefantrina, o antimalário mais utilizado, poderia ter consequências terríveis, como ocorreu quando a resistência à cloroquina levou a um enorme aumento das mortes por malária no final do século XX", acrescentou.

 

Fonte: 
The Guardian
Nota: 
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Foto: 
Pixabay