92% dos pais portugueses querem ter um papel ativo na alimentação dos bebés
Os resultados da pesquisa indicam que praticamente todas as mães entrevistadas querem que os seus parceiros se envolvam em todos os aspetos do cuidado com o bebé. Globalmente, 65% das mães querem que os seus parceiros as ajudem na preparação do biberão e 63% esperam ajuda para alimentar o recém-nascido durante a noite.
Embora 8 em cada 10 homens desempenhem tarefas como acalmar o bebé, menos de metade estão envolvidos na limpeza dos acessórios de aleitamento ou pesquisa acerca do mesmo. Isto significa que há vários aspetos do cuidado com os recém-nascidos que estão sobretudo a cargo das mulheres e que existe a necessidade de treino e formação dos parceiros. Aliás, 76% das entrevistadas consideram que faz falta mais informação para que os seus parceiros as ajudem no processo de aleitamento materno. Há cada vez mais evidências de que a formação dos pais acerca dos benefícios da amamentação pode duplicar a probabilidade de que os bebés sejam alimentados exclusivamente a leite materno durante os primeiros seis meses de vida.
O apoio aos pais que querem promover a amamentação é essencial, sobretudo quando as mulheres têm cada vez menos tempo e devem compatibilizar a maternidade com a carreira profissional. Os seus parceiros podem ter um papel mais ativo no aleitamento e, felizmente, muitos afirmam querer fazê-lo, de acordo com a pesquisa. Vários estudos indicam que as mulheres que recebem apoio dos seus parceiros estão mais propensas a iniciar e manter o aleitamento materno por mais tempo. Paralelamente, a participação ativa dos pais na alimentação do bebé favorece os laços afetivos entre os dois no pós-parto, o que se traduz em vários benefícios para o recém-nascido, como maior ganho de peso em crianças prematuras.