74% dos portugueses não tem noção do impacto do colesterol na saúde
No âmbito desta Campanha, a Fundação Portuguesa de Cardiologia levou a cabo, com a GFK Metris, a realização de um Estudo – “Os Portugueses e o Colesterol 2023” – cujos resultados dão a conhecer a perceção que a população tem sobre este importante fator de risco.
De acordo com o Estudo realizado, 74% dos portugueses, isto é 3 em cada 4, assume que não sabe qual é o valor do seu colesterol, desconhecimento que é muito expressivo nas camadas mais jovens (18-24 anos e 25-44 anos), mas que diminui com a idade dos inquiridos (45-64 anos e 65 e mais). Apenas 26% dos inquiridos sabe o seu valor e a relevância que o colesterol tem enquanto fator de risco. A grande maioria dos portugueses (89%) inquiridos pelo Estudo afirma que o colesterol é uma gordura que circula no corpo e 64% afirma que um valor considerado “normal” é inferior a 190 mg/dL.
De entre as várias frações do colesterol, o presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, Manuel Oliveira Carragtea, alerta que "é importante estarmos atentos aos valores das LDL (low density lipoprotein ou lipoproteínas de baixa densidade), vulgarmente conhecida como o ‘mau colesterol’, e por ser aquela que, ao depositar-se na parede das artérias, provoca a aterosclerose", pelo que "quanto mais altas forem as LDL no sangue, maior é o risco de doença cardiovascular".
Em Portugal, as doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de um terço do total das mortes e, em média, morrem cerca de 80 pessoas por dia devido a patologia cardiovascular. Cerca de oito em cada 10 óbitos de causa cardiovascular que ocorrem precocemente (antes dos 70 anos) podem ser evitados, quando controlados os níveis de colesterol LDL (colesterol mau), um dos principais fatores de risco destas doenças.
Para o presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, "os valores elevados de colesterol não causam sintomas e, quando estes ocorrem, podem ser graves e súbitos, manifestando-se, por exemplo, sob a forma de dor no peito devido a angina de peito ou enfarte do miocárdio ou mesmo morte súbita, sendo, por isso, fundamental instruir a população sobre o colesterol e as suas implicações".
O objetivo da Campanha "Maio, Mês do Coração" pretende, assim, dar a conhecer o estado atual das doenças cardiovasculares em Portugal e qual a importância que o controlo do colesterol, enquanto fator de risco assume na prevenção destas patologias. A Fundação Portuguesa de Cardiologia quer, através da sua Campanha de sensibilização, tornar visível o que não se vê nem se sente - o ‘mau’ colesterol (LDL) - e que só se vê que está elevado quando são feitas análises para a sua medição, chamando, ainda, a atenção para o facto de que mesmo medicado para o colesterol, o doente pode não estar garantidamente normalizado.
A Campanha – presente em diversos meios de Comunicação Social (televisão, rádio e imprensa) e em espaços de grande afluxo populacional (hipermercados ou eventos desportivos) – integra, ainda, várias iniciativas, entre as quais a realização de rastreios cardiovasculares em locais públicos e em empresas, de uma reunião científica dedicada à temática do Colesterol, um Torneio de Padel e sessões educativas de literacia em saúde (presencias e videoconferência) em estabelecimentos de ensino, difusão de mensagens através da rádio. Ao longo do mês de maio, a Fundação Portuguesa de Cardiologia irá realizar o habitual peditório nacional de angariação de fundos necessários para a prossecução da sua atividade.
Mais informações sobre a Campanha “Maio, Mês do Coração” estão disponíveis no website da Fundação Portuguesa de Cardiologia: http://www.fpcardiologia.pt/.