700 pessoas mostraram-se interessadas em participar nos ensaios de plasma sanguíneo convalescente

Sobre o ponto de situação dos ensaios clínicos com plasma de doentes covid-19 recuperados, o IPST referiu que os inscritos “já tinham sido contactados” por um médico, para efeitos de seleção, tendo já sido enviadas amostras para o Instituto de Medicina Molecular (IMM) João Lobo Antunes da Universidade de Lisboa, para serem determinados os níveis de anticorpos neutralizadores do coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença respiratória covid-19.
O registo de dadores é feito voluntariamente pelos interessados através da página na internet do IPST.
Em maio, o Instituto Português do Sangue e da Transplantação anunciou o arranque da recolha de plasma sanguíneo de doentes recuperados para ensaios clínicos. Uma vez que o uso de plasma convalescente é uma terapêutica experimental para a covid-19, a sua eficácia e segurança têm de ser testadas.
O grupo de trabalho para desenvolver a proposta do Programa Nacional de Transfusão de Plasma Convalescente Covid-19 foi constituído em maio, tendo o relatório com a sugestão de medidas sido apresentando à tutela em 17 de junho. O IPST adiantou que, em 21 de julho, foi criado um grupo de peritos que “acompanha tecnicamente a organização e o desenvolvimento do processo de investigação clínica, a realizar nos termos da lei de investigação clínica”.
O tratamento com plasma sanguíneo de doentes recuperados, recomendado pela OMS, tem sido aplicado em vários países a outros pacientes, em situações muito específicas e graves, em que as defesas do corpo (sistema imunitário) estão muito debilitadas.