A disfunção erétil é a incapacidade persistente em obter e manter uma ereção

3 em cada 4 homens vão sofrer de disfunção erétil

Mais de 3 em cada 4 homens irão passar por problemas de ereção em algum momento da sua vida. Paralelamente, 5 em cada 6 doentes com disfunção erétil não se tratam e 1 em cada 6 procura um tratamento, sendo que metade desiste no mesmo ano.

“Ao analisarmos esses dados, somos levados a refletir sobre a alta prevalência da disfunção erétil, mesmo com a suspeita na comunidade científica de que os números reais sejam maiores devido à subnotificação e à falta de busca por tratamento, motivadas pela vergonha e sofrimento oculto”, alerta Catarina Lucas, psicóloga clínica, sexóloga e terapeuta de casal.

“Estes dados enfatizam a necessidade de aumentar a consciencialização sobre a disfunção erétil e educar os homens e os/as seus/suas parceiros/as sobre a importância de procurar tratamento. Isso pode ser feito através de campanhas de saúde pública, programas educativos em escolas e locais de trabalho, além de esforços contínuos para desmistificar o problema e eliminar o estigma associado a ele”.

Mas há desafios mesmo entre quem procura tratamento. “O facto de que 1 em cada 6 homens abandona o tratamento sugere que existem dificuldades significativas no processo de tratamento da disfunção erétil, como o acesso aos serviços de saúde, efeitos colaterais dos tratamentos, falta de perceção de eficácia ou outros fatores individuais e psicossociais que dificultam a adesão ao tratamento”, continua a especialista, que ressalta a necessidade de uma abordagem holística no tratamento da disfunção erétil, que considere não apenas os aspetos físicos, mas também os aspetos psicológicos, emocionais e relacionais do problema.

Apesar de ser mais comum em homens mais velhos, a disfunção erétil pode afetar homens em todas as idades, sendo cada vez mais comum a sua manifestação em homens mais jovens.  “Alguns estudos indicam que a disfunção erétil pode afetar cerca de 5% dos homens na faixa etária abaixo dos 40 anos, cerca de 10% na faixa etária dos 40 anos e mais de 50% em homens com mais de 70 anos”, esclarece Catarina Lucas.

Independentemente da causa, existe tratamento e formas de minimizar o impacto da disfunção erétil. A procura de ajuda e tratamento deve ocorrer o mais precocemente possível.  

Existem várias opções de tratamento disponíveis, dependendo da severidade dos sintomas. “Algumas opções comuns passam pela terapêutica medicamentosa, terapia sexual ou de casal, injeções penianas, aparelhos de vácuo e alguns casos, intervenção cirúrgica”, assegura a especialista.

Nota: 
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