18 instituições assinaram carta de princípios do Conselho Nacional do Ensino Público de Enfermagem
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Aida Cruz Mendes, Presidente da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), que acolheu a cerimónia, referiu que, «apesar de 141 anos de trabalho formativo» e de «três décadas» passadas sobre a integração desta área do saber no ensino superior, «ficaram por resolver algumas indefinições, dificuldades e barreiras à formação dos enfermeiros e à consolidação da área científica de Enfermagem». Situações que, no entender da dirigente, «advêm da necessária integração no mundo globalizado, mas com diferentes ritmos de desenvolvimento».
«Nestas situações, a par de uma tendência positiva de tentar englobar todos e não deixar ninguém para trás, compete, igualmente, àqueles que se encontram numa situação mais favorável de desenvolvimento, tudo fazer para que as regulamentações emanadas não sejam inibidoras desse mesmo desenvolvimento», mas que «antes impulsionem as reformas necessárias para que todos atinjam a maturidade da formação académica e a autonomia profissional», defendeu a Presidente da ESEnfC.
Para Aida Cruz Mendes, «a cobertura nacional do ensino de Enfermagem é uma vantagem para o país», mas «a fragmentação da academia de Enfermagem dificulta o amplo debate de ideias que permite a consolidação e o desenvolvimento da massa crítica necessário ao seu fortalecimento».
A professora da ESEnfC sublinhou que, «ao longo destas três últimas décadas», os docentes de Enfermagem «mostraram capacidade e competência para investigar e criar conhecimento», permitiram a «formação especializada em diferentes áreas clínicas» e colaboraram na «formação ao longo da vida de milhares de enfermeiros, cumprindo a sua responsabilidade social de assegurar que os profissionais de saúde se mantém atualizados».
Tendo, também, como finalidade «defender a qualidade da formação e o interesse público», o CNEPE «fomentará o diálogo e a procura da obtenção de consensos alargados», respeitando «a autonomia das instituições de ensino superior que o integram», lê-se na carta de princípios deste órgão consultivo.
O documento foi, ontem, assinado pelas três escolas superiores de Enfermagem não integradas (de Coimbra, de Lisboa e do Porto), pelas escolas superiores de Enfermagem das universidades de Évora e do Minho, pelas escolas superiores de Saúde dos institutos politécnicos de Beja, Bragança, Leiria, Portalegre, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo e Viseu, e pelas escolas superiores de Saúde das universidades dos Açores, Algarve, Aveiro, Madeira e Trás[1]os-Montes e Alto Douro