10º Colóquio Envelhecimento, Saúde e Cidadania debate a «parceria de cuidados na equipa interdisciplinar»
Aí está o 10º Colóquio Envelhecimento, Saúde e Cidadania. No próximo dia 28 de outubro, Dia Mundial da Terceira Idade, a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) organiza mais uma edição desta reunião anual de especialistas em assuntos geriátricos, agora com um programa desenhado numa lógica interprofissional, que propõe analisar «a parceria de cuidados na equipa interdisciplinar», seus «desafios e estratégias».
Os trabalhos, em formato online, começam, logo após as notas de abertura (às 09h00) – da Presidente da ESEnfC, Aida Cruz Mendes, do coordenador científico da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), João Alves Apóstolo, e da coordenadora da Unidade Científico-Pedagógica de Enfermagem do Idoso, da ESEnfC, Maria de Lurdes Almeida –, com a conferência “Literacia em Saúde – a importância do conhecimento para a pessoa idosa”, a proferir, cerca das 09h20, por Luís Saboga (Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa).
O colóquio prossegue com a mesa-redonda “A abordagem do enfermeiro à pessoa idosa com doença crónica – Update” (10h00). “Nursing Now - Competências em Enfermagem Geronto/Geriátrica” (João Tavares, Universidade de Aveiro), “O que existe de novo na abordagem multidimensional do idoso com doença crónica” (Joana Ferreira, Cruz Vermelha Portuguesa), “O potencial do uso da tecnologia – Novas ferramentas para o enfermeiro?” (Abel Paiva, Escola Superior de Enfermagem do Porto) e “Simulador de velhice: uma estratégia de capacitação” (Adriana Coelho, ESEnfC) são os temas que atualizam o conhecimento sobre a proteção e o cuidado da população mais idosa.
No 10º Colóquio Envelhecimento, Saúde e Cidadania, não poderia deixar de ser analisado “Um ano de estatuto do cuidador informal: retrato da situação”, tema a trazer à discussão pela Associação Nacional de Cuidadores Informais (a partir das 11h40). Numa mesa-redonda intitulada “Parcerias de cuidados - desafios e estratégias”, intervirão, ainda, a equipa do município de Vila Nova de Famalicão responsável pelo projeto Cuidar Maior e a professora da ESEnfC, Susana Duarte, com a alocução “Construção de parceria de cuidados família-enfermeiro”.
Esforços na saúde da população idosa serão infrutíferos sem as instituições de ensino superior
No dia que tem como objetivo sensibilizar a sociedade para as questões do envelhecimento, a UICISA: E e a ESEnfC lançam, ainda (14h00), o livro “Competências em Enfermagem Gerontogeriátrica: uma exigência para a qualidade do cuidado”. Segue-se um período para comunicações livres, entre a 14h30 e as 16h00, hora de encerramento do colóquio.
A “capacitação dos profissionais de saúde” e consequente “adequação dos serviços de atenção à saúde do idoso” exigem que a formação em enfermagem concentre esforços e saberes (gerontológicos, geriátricos, de reabilitação e interdisciplinares), partindo do simples princípio de que o passar dos anos não é sinónimo de ser doente; significa, sim, o passar do tempo, o timing biológico com os seus ritmos, sobre os quais há saberes a organizar, uma vez que “Envelhecer é também ir aprendendo outra forma de viver…”, lê-se na página de abertura do sítio do colóquio na Internet, em www.esenfc.pt/event/10cesc.
De acordo com a Unidade Científico-Pedagógica de Enfermagem do Idoso, da ESEnfC, «a importância do envolvimento das instituições de ensino superior nestas questões é um requisito imperioso», ao citar a Organização Mundial de Saúde, segundo a qual sem esta participação «todo o esforço que se venha a fazer na saúde da população idosa será infrutífero».