A Doença Inflamatória Intestinal
A Doença Inflamatória Intestinal representa um grupo de doenças crónicas que se caracterizam por um processo inflamatório que acomete o trato gastrointestinal. Engloba duas principais entidades, a Doença de Crohn e a Colite Ulcerosa.
A doença de Crohn é uma doença inflamatória crónica do intestino de causa desconhecida.
O processo inflamatório pode atingir qualquer parte do aparelho digestivo desde a boca até ao anús, sendo o atingimento da parte terminal do intestino delgado (íleon) e do intestino grosso (cólon) o mais frequente.
A inflamação caracteriza-se por ser transmural o que significa que pode envolver toda a espessura da parede intestinal e provocar úlceras (feridas) do seu revestimento interior, estenoses (apertos), abcessos e/ou fístulas (complicações infecciosas localizadas secundárias á extensão do processo inflamatório para fora da parede do intestino).
Os sintomas podem ser múltiplos e variáveis de paciente para paciente pois dependem da localização da doença, do seu comportamento e da presença ou não de manifestações extra-intestinais.
A dor abdominal e a diarreia são dos sintomas mais frequentes.
Não é uma doença genética mas a susceptibilidade à doença é determinada por factores genéticos. Com efeito, cerca de 10-15% dos doentes têm outro familiar próximo com a mesma doença.
Alguns factores ambientais como o consumo de tabaco tem um efeito negativo no curso da doença, pelo que se recomenda vivamente a suspensão deste hábito.
Os doentes podem e devem fazer uma alimentação normal e diversificada, sendo necessário algumas restrições dietéticas em fases de atividade da doença e na presença de estenose intestinal (estreitamento do lúmen intestinal).
Para o diagnóstico é necessário a conjugação de dados clinicos, do exame físico e exames imagiológicos como a enterografia por TAC ou RMN e endoscópicos como a colonoscopia total com ileoscopia com realização de biopsias, a endoscopia digestiva alta e nalguns casos a enteroscopia.
Não havendo ainda cura para esta doença o objetivo do tratamento é o controlo da inflamação com cicatrização da mucosa intestinal, a diminuição da necessidade de internamento hospitalar por agudização grave, a necessidade de cirurgia intestinal, e a melhoria da qualidade de vida.
Os fármacos utilizados são os corticosteroides (tratamento das agudizações moderadas a graves) e os imunossupressores e/ou fármacos biológicos.
Os antibióticos utilizam-se frequentemente no tratamento das complicações supurativas (infecciosas) (abdominais e perianais).
O tratamento cirúrgico é muitas vezes necessário na abordagem das complicações e nas formas resistentes à terapêutica farmacológica.
A colite ulcerosa é uma doença inflamatória crónica do intestino grosso (cólon) de causa desconhecida. O processo inflamatório atinge a camada mucosa do recto podendo estender-se proximalmente aos restantes segmentos cólicos.
Quando a inflamação se limita ao recto designa-se de proctite ulcerosa, quando envolve os segmentos distais do cólon e o recto, a designação de colite ulcerosa distal e quando se estende para o cólon transverso e/ou cólon direito, a designação de pancolite ulcerosa.
Os sintomas dependem da extensão da inflamação no cólon, sendo a hemorragia digestiva baixa sobre a forma de rectorragia (emissão de sangue vermelho através do anús) o mais frequente.
A diarreia com muco e sangue e a dor abdominal são mais frequentes nas formas mais extensas.
Não é uma doença genética mas a susceptibilidade à doença é determinada por factores genéticos.
Com efeito, cerca de 10% dos doentes têm outro familiar próximo com a mesma doença.
Os doentes podem e devem fazer uma alimentação normal e diversificada, sendo necessário algumas restrições dietéticas em fases de atividade da doença.
Para o diagnóstico é necessário a conjugação de dados clinicos, do exame físico e exames endoscópicos como a colonoscopia total com ileoscopia com realização de biopsias.
Não havendo ainda cura para esta doença o objetivo do tratamento é o controlo da inflamação com cicatrização da mucosa cólica, a diminuição da necessidade de internamento hospitalar por agudização grave, a necessidade de colectomia (cirurgia cólica), e a melhoria da qualidade de vida.
Os fármacos utilizados dependem da gravidade da doença e podem ser: os aminosalicilatos por via oral e tópica (supositórios e / ou enemas), os corticosteroides (tratamento das agudizações moderadas a graves) e os imunossupressores e/ou fármacos biológicos (em formas mais graves).
O tratamento cirúrgico, protocolectomia (remoção do recto e cólon) pode ser necessário em formas graves resistentes à terapêutica médica e na presença de algumas complicações.