Controle a pressão arterial à mesa
A Hipertensão arterial é uma síndrome metabólica caracterizada pelo aumento dos valores tensionais do sangue. Habitualmente acompanhada por outras alterações como a obesidade, ela é considerada como uma das principais causas de morte, em todo o mundo, uma vez que é responsável por aumentar o risco de doenças cardiovasculares.
A hipertensão pode ser dividida em três estágios, definidos pelos níveis da pressão arterial, podendo, de acordo com os mesmos, o risco de morte cardiovascular ser classificado como moderado, alto ou muito alto.
De acordo com a Fundação Portuguesa de Cardiologia, “a pressão arterial é quantificada através de dois números. O primeiro e mais elevado diz respeito à pressão que o sangue exerce nas paredes das artérias quando o coração está a bombear sangue”. Este valor designa a pressão arterial sistólica, vulgarmente conhecida por “máxima”.
“O segundo número indica-nos a pressão que o sangue exerce nas artérias quando o coração está relaxado”, pode ler-se. Também conhecida como “mínima”, corresponde à pressão arterial diastólica.
A pressão arterial ideal deve ser inferior a 120/80, pelo que acima destes valores aumenta o risco de doença coronária ou acidente vascular cerebral.
Alguns estudos sugerem que a hipertensão seja, em 90 por cento dos casos hereditária. Outros apontam outras causas ou doenças que a condicionem.
No entanto, há vários fatores que influenciam os níveis da pressão arterial.
O consumo excessivo de sal ou as bebidas alcoólicas estão na lista do que deve evitar para se manter saudável.
Por outro lado, segundo a Fundação Portuguesa de Cardiologia, a prática de exercício físico regular pode ajudar no controlo destes valores, contribuindo, em muitos casos, para uma descida significativa dos níveis de tensão.
Além destes fatores de risco, sabe-se que a incidência da hipertensão aumenta com a idade. Com o passar do tempo nossas artérias começam a ficar envelhecidas, calcificadas, perdendo a capacidade de dilatar – designando-se de vasos menos complacentes.
Estima-se que cerca de 70 por cento dos adultos acima dos 50 ou 60 anos sofram de hipertensão.
Apesar de não ter cura, a doença pode ser controlada com a ajuda de um regime alimentar equilibrado, pobre em gordura e sal, amigo do seu coração.
Alimentos que combatem a hipertensão
Aveia – sendo uma excelente fonte de fibras, minerais e vitaminas, a aveia atua no controlo da glicose sanguínea;
Noz e Amêndoa – ricas em magnésio, que funciona com um vasodilator que melhora a pressão arterial, apresentam ainda na sua composição vitamina E - um antioxidante natural que ajuda no combate ao envelhecimento precoce e na prevenção das doenças cardiovasculares;
Alho – rico em vitamina C é responsável por diminuir a ação dos radicais livres, responsáveis pelo aparecimento de doenças cardíacas;
Leite e derivados – o cálcio, presente nestes alimentos, funciona como hipotensor, atuando na diminuição da pressão sanguínea, uma vez que estimula a eliminação de sódio;
Cereais integrais – previnem o aparecimento de diabetes, cancro e ajudam na manutenção do peso e no combate à hipertensão. Ricos em magnésio, estimulam a dilatação dos vasos sanguíneos;
Alimentos ricos em ómega 3 – os ácidos gordos presentes em alimentos como salmão, atum, sardinha, azeite ou linhaça são indicados para os hipertensos. Vários estudos comprovam que a ingestão de ómega 3 está intimamente ligada à diminuição da vasoconstrição e ao aumento da vasodilatação;
Alimentos ricos em potássio – Cenoura, feijão preto, abóbora, laranja ou banana constam da lista de alimentos recomendados no combate à hipertensão. O potássio é estimula a eliminação do sódio do organismo, responsável pela retenção de líquidos e do consequente aumento da tensão arterial.