Europacolon Portugal prevê novo agravamento no acesso a colonoscopias
Embora não seja intenção nem missão da Europacolon Portugal participar na discussão técnica do formato de preços da comparticipação dos exames de colonoscopia, estamos interessados e disponíveis para participar ativamente e acompanhar as próximas reuniões entre a tutela e os profissionais de saúde.
A Associação mostra-se preocupada e defende que esta intenção pode prejudicar gravemente o cidadão:
· Ao dificultar ou até impossibilitar o acesso ao diagnóstico;
· Ao comprometer as promessas do Ministro da Saúde relativamente à realização já no próximo ano - 2016 - de um Rastreio de Base Populacional ao Cancro do Intestino.
“Esta medida da tutela é incongruente numa altura em que se fala na realização de um rastreio de base populacional. A nossa maior preocupação é o cidadão e o acesso à realização de um exame de diagnóstico fundamental para o rastreio de um cancro que mata 11 portugueses por dia. Esta indefinição e impasse entre a tutela, a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia e a Ordem dos Médicos pode prejudicar o serviço prestado ao utente e provocar um retrocesso ao passado, com novas filas de espera e diminuição de locais para a realização do exame. Embora reconheçamos as dificuldades na gestão do orçamento do Ministério da Saúde em Portugal, não pode nem deve ser, a contínua e crescente suborçamentação dos cuidados em oncologia em Portugal, o foco principal da diminuição das despesas em Saúde”, explica Vítor Neves, Presidente da Europacolon Portugal.
“O cancro do intestino é um dos tumores malignos que mais mata em Portugal e, segundo dados recentes do Registo Oncológico Nacional, é o tipo de cancro que mais tem vindo a aumentar na população portuguesa, todos os anos se registam aproximadamente oito mil novos casos. No entanto, o cancro do intestino se detetado a tempo, tem cura em 90% dos casos”, relembra Vítor Neves.