Número de adultos com diabetes quadruplicou desde 1980
No mesmo período, informa o relatório, a prevalência da diabetes quase duplicou, de 4,7% para 8,5% da população adulta, o que reflete um aumento dos fatores de risco associados, como o excesso de peso e a obesidade.
"A diabetes está a aumentar. Já não é uma doença de países predominantemente ricos e a prevalência está a aumentar constantemente em todo o lado, mais marcadamente nos países de médio rendimento", escreve a diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) no prefácio do relatório.
Com efeito, segundo os dados disponíveis no documento, na última década a prevalência da diabetes aumentou mais nos países de médio e baixo rendimento do que nos países ricos.
Segundo a OMS, a diabetes é uma doença crónica e grave que ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou quando o corpo não consegue usar eficazmente a insulina que produz.
Trata-se de um "importante problema de saúde pública", uma das quatro doenças não transmissíveis definidas como prioritárias pelos líderes mundiais.
Em 2012, pode ler-se no relatório da OMS, a doença provocou 1,5 milhões de mortes, e o excesso de glucose no sangue causou mais 2,2 milhões de mortes, por aumentar os riscos de doenças cardiovasculares.
Quarenta e três por cento destas 3,7 milhões de mortes ocorrem antes dos 70 anos.
A diabetes é uma doença crónica e grave que ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente (diabetes tipo 1) ou quando o corpo não consegue usar eficazmente a insulina que produz (diabetes tipo 2).
Trata-se de um "importante problema de saúde pública", uma das quatro doenças não transmissíveis definidas como prioritárias pelos líderes mundiais.
Embora a OMS não possa distinguir os números de doentes com cada um dos tipos de diabetes - são precisos exames laboratoriais complicados para distingui-los, a maioria tem a diabetes tipo 2. Esta doença ocorria quase inteiramente em adultos, mas atualmente já aparece nas crianças.
Todos os tipos de diabetes, incluindo a diabetes gestacional, que aparece na gravidez, provocam complicações em diferentes partes do corpo e aumentam o risco de morte prematura.
Entre as complicações associadas à diabetes estão o ataque cardíaco, o acidente vascular-cerebral, a falência renal, a amputação de pernas, a perda de visão e os danos neurológicos.
Na gravidez, a diabetes gestacional não controlada aumenta o risco de morte fetal e outras complicações.
A OMS sublinha que, embora não se saiba como prevenir a diabetes de tipo 1, é possível prevenir a diabetes de tipo 2 e as complicações associadas a todos os tipos.
A prevenção, recorda a organização, passa por políticas que abranjam toda a população e que contribuam para a melhoria da saúde de todas as pessoas, tenham ou não diabetes, como fazer exercício regular, ter uma alimentação saudável, evitar fumar e controlar a tensão arterial e as gorduras no sangue.
"Não existe uma política ou uma intervenção para assegurar que isto acontece. É necessária uma abordagem de todo-o-governo e toda-a-sociedade", escrevem os autores do relatório da OMS, que recordam que a doença representa um peso económico substancial para os doentes e famílias, mas também para as economias nacionais, devido aos gastos médicos e aos dias de trabalho perdidos.
Quanto aos doentes com diabetes, a OMS diz que o ponto de partida para manterem a qualidade de vida é um diagnóstico precoce, já que quanto mais tempo uma pessoa vive com diabetes não diagnosticada, piores são as suas perspetivas.
A OMS defende por isso o acesso a meios de diagnóstico básicos nos serviços de saúde primários.