Tuberculose ainda mata três pessoas por minuto
De acordo com os dados registados, morrem, em todo o mundo, cerca de três pessoas por minuto de tuberculose. 17 contraem a doença.
Embora em Portugal, nos últimos anos, se tenho vindo a assistir a um decréscimo de novos casos, sabe-se que esta doença continua a ser a segunda causa de morte por doença infeciosa a seguir ao vírus da imunodeficiência humana (VIH).
A tuberculose mata aproximadamente dois milhões de pessoas por ano, 98 por cento das quais em países em desenvolvimento.
Estima-se que cerca de um terço da população mundial se encontre infetada pelo bacilo da tuberculose, tendo sido declarada pela Organização Mundial de Saúde como emergência mundial.
Causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida com bacilo de Koch, é uma doença contagiosa que se transmite de pessoa para pessoa e que atinge sobretudo os pulmões.
De acordo com a Fundação Portuguesa do Pulmão, a doença transmite-se por via aérea “e por isso, regra geral, só são contagiosas as pessoas com tuberculose pulmonar ou laríngea”.
“Cada vez que um destes doentes tosse, fala, ri, canta ou espirra liberta pequenas gotículas que transportam o bacilo de koch”, pode-se ler.
Sabe-se que estas gotículas, que são invisíveis a olho nu, podem ficar suspensas durante horas no ar ambiente, sobretudo se o doente estiver em local não ventilado.
A infeção pelo bacilo de koch depende de vários fatores: do número de gotículas infeciosas existentes no ar, do tempo e local de exposição, bem como da susceptibilidade do indivíduo exposto ao mesmo.
Na realidade, nem todas as pessoas que entram em contato com este micróbio adoecem. Na maior parte das vezes o organismo resiste.
Entre as pessoas que mais probabilidades têm de contrair esta infeção encontram-se os idosos, as crianças e pessoas muito debilitadas por outras doenças, como é o caso da sida, cancro ou diabetes, por exemplo.
Para além dos pulmões, a doença pode ainda atingir outros órgãos e outras partes do corpo. Gânglios, rins, ossos, intestinos e meninges podem ser afetados.
Os sintomas mais evidentes são tosse crónica, febre, sudorese noturna, dores no tórax, perda de peso (lenta e progressiva) e falta apetite e vitalidade.
Apesar de ter cura, a doença se não for devidamente diagnosticada e tratada pode matar.
Na maior parte dos casos o tratamento é feito em casa com acompanhamento médico no centro de saúde ou hospital da área de residência.
O internamento acontece quando a infeção não é diagnosticada a tempo e os pulmões ficam gravemente afetados.
As metas definidas pela Organização Mundial de Saúde propõem a erradicação da doença em 2050.
Até lá a prevenção continua a ser a melhor arma contra a tuberculose, sendo feita através da vacina BCG (Bacilo de Calmette e Guérin), aplicada nos primeiros 30 dias de vida.