Doença sexualmente transmissível

Cancro mole

Atualizado: 
01/10/2014 - 16:49
O cancro mole é uma doença de transmissão sexual que produz úlceras genitais dolorosas e persistentes.
Cancro mole

O cancro mole é uma doença sexualmente transmissível (DST), também chamada de cancro venéreo e popularmente conhecida como "cavalo", causada pela bactéria Haemophilus ducreyi. Pode ser transmitido pela relação sexual vaginal, anal ou oral e manifesta-se através de feridas dolorosas com base mole nos órgãos genitais. Apesar de ter o nome de cancro, não se trata de uma neoplasia/cancro, mas sim de uma doença infecciosa.

Apesar de ter sido uma doença rara, o número de casos tem aumentado nos últimos tempos, muito devido à prática de sexo desprotegido e pode afectar tanto os homens como as mulheres. Os portadores do cancro mole têm mais probabilidade de se infectar com o vírus da imunodeficiência humana (VIH) se for exposta a ele.

Sintomas
Os primeiros sintomas aparecem dois a cinco dias após relação sexual desprotegida com portador da doença, período que se pode estender até duas semanas.

Surge normalmente uma úlcera dolorosa na glande do pénis, escroto ou lados do pénis no homem, ou nos lábios maiores ou menores da vulva na mulher. A úlcera sangra facilmente, e os seus limites são irregulares mas bem definidos em relação à pele normal. A base apresenta um material amarelado-esverdeado purulento. Após algum tempo, forma-se uma ferida húmida e bastante dolorosa, que se espalha e aumenta de tamanho e profundidade. A seguir, surgem outras feridas à volta das primeiras.

Num terço dos casos, os gânglios linfáticos regionais (inguinais) ficam inchados e facilmente palpáveis e que podem dificultar os movimentos da perna, chegando a impedir a pessoa de andar. Nos estágios avançados não tratados podem irromper na pele drenando pus espesso, esverdeado, misturado com sangue.

O quadro clínico pode ser acompanhado de dor de cabeça, febre e fraqueza.

Tratamento
O cancro mole é tratado com medicamentos à base de antibióticos, sabonetes e medicações de uso local. Além do tratamento, deve-se realizar intensa higiene dos locais afectados. Se não tratado, existe maior probabilidade de uma pessoa ser infectada ou infectar outros com o vírus da SIDA.

As relações sexuais devem ser evitadas até a conclusão do tratamento. É recomendado o tratamento dos parceiros sexuais, em qualquer circunstância, pela possibilidade de existirem portadores que não manifestem sintomas.

Após terminar o tratamento deverá consultar o médico para se certificar que todas as feridas sararam e que a infecção está completamente curada.

Como o contágio é feito pela prática sexual, a melhor forma de se prevenir contra o cancro mole é utilizar o preservativo em todas as relações sexuais.

Fonte: 
dermatologia.net
Manual Merck
Sapo
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
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