Lombalgia

Como evitar a dor lombar

Atualizado: 
07/12/2018 - 17:52
Excesso de peso corporal, má postura, infeções virais ou doenças articulares podem estar na origem da lombalgia. No entanto, há outros fatores de risco. Estima-se que cerca de 150 mil portugueses sofram de lombalgia, sendo as mulheres as mais atingidas, a partir dos 60 anos de idade.

À semelhança do que acontece no resto da Europa, a dor lombar é muitas vezes subvalorizada. No entanto, calcula-se que 80% da população tenha, pelo menos uma vez na vida, um episódio de lombalgia.

Caracterizada como uma dor que ocorre nas regiões lombares inferiores, lombos sacrais ou sacro ilíacas da coluna lombar, tem como principais causas o absentismo, má postura ou fadiga muscular e artrose.

Excesso de peso ou obesidade, infeções virais e traumatismos da região lombar são outros fatores de risco.

A lombalgia pode ser ainda acompanhada de dor que irradia para uma ou ambas as nádegas ou para as pernas, na distribuição do nervo ciático.

A dor pode ser mais intensa nos dois primeiros dias, diminuindo de intensidade nos dias ou semanas seguintes, ou persistir com a mesma intensidade durante um longo período de tempo, dependendo da causa que está na sua origem.

Sabe-se que 50% das pessoas que recorrem às urgências de Ortopedia, nos grandes centros urbanos, sofre de lombalgia ou outra forma de dor raquidiana.

Por isso, é fundamental que a população esteja mais atenta à saúde da sua coluna, não esquecendo cuidados fundamentais.

Deste modo, controlar o peso corporal, praticar exercício físico, ter uma boa postura e evitar o levantamento de pesos são aspetos essenciais se quer evitar dores de costas.

A lombalgia é por si só um sintoma que não deve ser ignorado nem subvalorizado.

Em episódios de crise prolongada é importante consultar o médico para despistar a origem da dor e lhe ser recomendado o tratamento adequado.

Em alguns casos, é necessária a realização de exames complementares de diagnóstico como a radiografia, tomografia computorizada ou ressonância magnética da região lombar de modo a permitir a avaliação das estruturas ósseas, musculares, cartilaginosas e nervosas.

Caso se suspeite de uma lesão nervosa, pode ser necessário recorrer a uma mielografia e à eletromiografia.

Frequentemente, as causas da lombalgia dão origem a um espasmo muscular que acarreta o aparecimento de dor. Esta dor, por seu lado, volta a dar origem a um espasmo, desencadeando uma espécie de ciclo vicioso que tem de ser interrompido com recurso a algumas intervenções terapêuticas.

Na maioria dos casos, o tratamento de uma lombalgia é relativamente simples. Sendo que, nas primeiras 24 a 48 horas após o aparecimento da dor, o paciente deve permanecer em repouso. Para aliviar a dor, podem ser receitados analgésicos e relaxantes musculares.

No entanto, casos há em que é necessário recorrer à fisioterapia através da aplicação de frio e/ou calor, massagens e alguns exercícios com vista ao fortalecimento dos músculos e região lombar.

Também a estimulação elétrica transcutânea produz efeitos benéficos no tratamento da dor lombar.

Em casos de lombalgia crónica recomenda-se acupunctura.

O recurso à cirurgia apenas acontece quando é necessário tratar algumas causas da lombalgia, como é o caso da hérnia discal, por exemplo.

Se já sofreu algum episódio de lombalgia ou se simplesmente a quer evitar, deixamos-lhe aqui algumas dicas para prevenir a dor lombar:

- evite o excesso de peso corporal;

- mantenha uma postura correta enquanto anda – cabeça e tronco direitos, peito para fora, distribuindo o peso por ambas as pernas enquanto caminha;

- adote uma postura correta sentado, apoiando bem as costas na cadeira, mantendo as pernas em ângulo recto;

- nunca se dobre para apanhar algo do chão, e use a força das suas pernas para levantar pesos dobrando os joelhos;

- pratique exercício físico com regularidade ou faça caminhadas.

Autor: 
Sofia Esteves dos Santos
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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