Cancro do ovário é alvo de “lacunas surpreendentes”
A Academia Nacional de Ciências, Engenharia e Medicina dos Estados Unidos fez um pedido para que a comunidade científica trabalhe para preencher o que chamou de “surpreendentes lacunas no conhecimento fundamental sobre o cancro do ovário e a sua compreensão”, escreve o Diário Digital.
“O comité conclui que uma proporção substancial dos carcinomas classificados como 'de ovário' na verdade desenvolvem-se fora do ovário ou surgem de células que não são consideradas intrínsecas do ovário”, apontaram os especialistas num relatório de 377 páginas, encomendado pelo Congresso dos EUA.
Muitos destes tumores “surgem noutros tecidos fora do ovário, como nas trompas uterinas, e depois produzem metástases no ovário”.
Cerca de 14.000 mulheres morrem anualmente de cancro do ovário nos Estados Unidos, onde este tipo de cancro é o quinto mais frequente no país e é diagnosticado em 21.000 mulheres todos os anos.
Alguns dos primeiros sintomas da doença são inchaço, dor ao urinar ou desconforto abdominal, mas frequentemente nenhum sintoma é percebido nos estados iniciais.
Cerca de duas em cada três mulheres que são diagnosticadas com este cancro descobrem a doença já em estágio avançado e com expansão para outros tecidos.
Entre as mulheres que recebem estes diagnósticos tardios, menos de 30% sobrevivem mais de cinco anos após recebê-lo.