A desenvolver em Coimbra

Fundação europeia financia estudo sobre diabetes

Uma fundação europeia atribuiu um financiamento de 100 mil euros a investigadores de Coimbra para estudarem feridas crónicas da diabetes, que podem provocar infeções graves e amputação, como é o caso do pé diabético.

A Fundação Europeia para o Estudo da Diabetes (FEED) atribuiu um financiamento a um grupo de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC) para “estudar feridas crónicas da diabetes, que podem causar infeções graves e amputação”, anunciou a UC.

A equipa de especialistas, coordenada por Eugénia Carvalho, vai investigar “o contributo conjunto de pequenas moléculas e ‘peptídeos’ nestas feridas, recorrendo a estudos ‘in vitro’ e pré-clínicos”, que “possam conduzir a ensaios clínicos com humanos num futuro próximo”.

O financiamento da FEED significa que a investigação que está a ser desenvolvida no CNC tem “grande importância para a saúde pública mundial, segundo os especialistas neste tema, caracterizada por ideias novas que recorrem a técnicas inovadoras”, afirma Eugénia Carvalho, citada pela UC, numa nota hoje divulgada.

“A distinção sai reforçada no atual quadro de financiamento para a investigação científica, quer a nível nacional, quer a nível europeu, em que existe uma enorme competição nas verbas para as áreas da investigação biomédica”, sustenta a investigadora.

A úlcera crónica do pé diabético ocorre em cerca de 20% dos doentes diabéticos, calculando-se que a diabetes poderá afetar, de acordo com a Federação Internacional da Diabetes, cerca de 552 milhões de adultos em 2030.

“A infeção está relacionada com 85% das amputações e não existe, até ao momento, terapia adequada que elimine a necessidade de amputação”, sublinha a UC.

O estudo do CNC vai ser realizado em colaboração com a Universidade de Roskilde, na Dinamarca.

A FEED comprometeu-se em financiar investigação dos países europeus num valor que ascenderá a 100 milhões de euros, procurando alertar para “a severidade e magnitude desta doença”, conclui a UC.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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