Saúde e bem-estar

Combater o stress à mesa

Atualizado: 
07/12/2018 - 18:08
Tonturas, enxaquecas, queda de cabelo ou irritabilidade podem ser alguns dos sintomas apresentados por quem sofre de stress. Para além de poder afetar a mente, o stress pode desencadear doenças como alergias ou problemas cardíacos. No entanto, saiba que com pequenas alterações no seu dia-a-dia, inclusive alguns cuidados com a alimentação podem ajudá-lo a livrar-se deste seu inimigo.

O stress é parte integrante da nossa vida e, na dose certa, pode até ser benéfico uma vez que impede muitas situações de avançarem e/ou resolverem-se. O problema é quando ele existe em doses exageradas condicionando o nosso dia-a-dia e a nossa saúde.

De acordo com a Fundação Portuguesa de Cardiologia, apesar de não ser a principal causa de problemas cardíacos, o stress pode contribuir, e muito, para o seu aparecimento ou agravamento.

O stress aumenta a pressão arterial, dificulta a cicatrização e deixa-nos, sobretudo, “mais vulneráveis a ataques de agentes patogénicos exteriores”.

Para entendermos como nos afeta, importa saber que o stress se encontra dividido em três fases.

Numa primeira fase, as regiões situadas na parte inferior do cérebro enviam os primeiros sinais de alarme para todo o corpo. “O hipotálamo e a hipófise libertam uma série de substâncias químicas – como adrenalina, cortisol e aldosterona – que fazem reagir o nosso organismo ao 'perigo' que se aproxima”.

Após a fase de alarme, o corpo já se adaptou às circunstâncias voltando ao seu estado normal (2ª fase).

A fase extenuante é a última fase do stress, e é aqui que aumenta o risco de doença.

O primeiro passo para combater o stress é identificar os fatores que o provocam, estando atento aos sinais exteriores.

No entanto, é ainda importante manter uma atitude positiva face aos desafios que a vida apresenta.

Ocupar a mente com pensamentos positivos, aprender a gerir o tempo, estabelecendo prioridades e definindo objetivos são outros pequenos truques que o podem ajudar.

Praticar exercício físico com regularidade e ter cuidado com alimentação são, ainda, ótimos aliados no combate ao stress.

Por isso, não se esqueça de apostar numa dieta equilibrada, rica em fruta, verduras, fibras e vitaminas, que ajuda a reforçar o sistema imunitário, aumentando a sensação de bem-estar físico.

Por outro lado, a ingestão de alimentos ricos em ómega-3 (como salmão, truta, sementes de chia) melhora o funcionamento do sistema nervoso, contribuindo para o seu equilíbrio.

Alimentos que combatem o stress

  1. Abacate: vários estudos mostram que comer abacate ajuda a reduzir o apetite e a combater a ansiedade.
  2. Mirtilos: pesquisas recentes revelam que o consumo de mirtilos aumenta a ação dos glóbulos brancos. Ricos em antioxidantes ajudam no reforço das defesas, aumentado a resposta do organismo ao stress.
  3. Vegetais de folhas verdes: um estudo realizado por investigadores da Universidade de Otago demonstrou a existência de uma relação entre o consumo de frutas e legumes e os estados de calma, energia e alegria. De acordo com os especialistas, legumes e frutas verdes ajudam a produzir dopamina, químico que ajuda à sensação de calma.
  4. Peito de Frango: os aminoácidos (triptofanos) presentes na proteína do frango ajudam a produzir serotonina, que contribui para o controlo do apetite, aumentando o bem-estar geral. Nozes, sementes, lentilhas, aveia, feijões e ovos são outros alimentos ricos em triptofanos.
  5. Iogurte: as substâncias probióticas presentes nos iogurtes reduzem a atividade cerebral em áreas associadas a emoções como o stress.
  6. Salmão: os ácidos gordos presentes no salmão possuem propriedades anti-inflamatórias que podem atuar sobre as hormonas do stress. Um estudo realizado em estudantes, nos Estados Unidos, mostrou uma redução de 20% nos níveis de ansiedade naqueles que haviam tomado suplementos de ómega-3.
  7. Chocolate Negro: está provado que o consumo moderado de chocolate negro pode ajudar a reduzir os níveis de stress. Os antioxidantes presentes ajudam a regular os níveis da pressão arterial e melhoram a circulação sanguínea.
Autor: 
Sofia Esteves dos Santos
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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