Mais de um terço dos clientes das farmácias não teve medicamentos à primeira tentativa
O inquérito, realizado pela Universidade Católica a pedido da Associação Nacional das Farmácias (ANF), analisou 1.114 inquéritos e será apresentado na quarta-feira, em Lisboa.
De acordo com esta análise, 47% dos inquiridos declararam-se doentes crónicos, ou sob medicação continuada, e que 38% tiveram de regressar à farmácia, ou ir a mais do que uma, para conseguirem obter todos os fármacos receitados.
Questionados sobre o motivo mais frequente para não terem comprado os medicamentos receitados, os inquiridos destacaram a rutura de stock como a justificação mais comum.
O estudo indica ainda que 14% dos inquiridos deixaram de comprar algum medicamento receitado pelo seu médico e que, destes, “o motivo mais frequente foi não o ter conseguido encontrar em nenhuma farmácia (33%), seguido de ainda ter o medicamento em casa (26%) e ter menos dinheiro (21%)”.
“Como seria de esperar, são principalmente os doentes crónicos quem mais teve de regressar à farmácia nos últimos 12 meses, para obter todos os medicamentos receitados (62%)”.
Sobre os cinco serviços que os inquiridos elegeram como os mais importantes prestados pelas farmácias, surge em primeiro lugar a renovação automática das receitas para doentes crónicos, seguindo-se o apoio no controlo de doentes crónicos, a entrega de medicamentos ao domicílio, os cuidados de saúde alargados e a dispensa de alguns fármacos atualmente disponíveis só no hospital e acompanhamento do tratamento e cuidados de saúde alargados.
Mais de um terço (36%) dos inquiridos disse que a farmácia é o primeiro local que consulta quando surge um problema menor de saúde, seguindo-se o centro de saúde.
Um em cada cinco inquiridos referiu que não procura aconselhamento.