Ensaios clínicos em voluntários saudáveis são minoria
Em metade dos casos, as solicitações foram para testes na área oncológica. Um dos problemas do país é que só 8% dos ensaios propostos foram para a fase I, a que costuma testar em voluntários saudáveis a forma como o tratamento é tolerado, escreve o jornal Público.
Ainda segundo a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), perto de 19% dos ensaios são de fase II, quando se tenta perceber a eficácia do medicamento em quem tem mesmo a doença, e 63% de fase três, que compara a nova terapia com outra já existente no mercado ou com um placebo. Por fim, em fase quatro foram propostos menos de 10% de ensaios, sendo esta a fase em que se estuda em mais doentes a toma do medicamento durante mais tempo.
Além de desenvolverem a investigação, os ensaios permitem que os doentes tenham acesso a medicamentos inovadores quando ainda não estão no mercado, pelo que os países que não atraem ensaios de fase I acabam por ficar de fora. São também uma ajuda financeira para as instituições e hospitais que os realizam. Ao todo, existem quase 12.000 portugueses a participar nestes testes.