Malas de mulheres falham em todos os requisitos da coluna
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As alças largas, mais almofadadas e com a opção de transporte na diagonal são características que vemos presentes nas mochilas usadas na escola, no entanto as carteiras das mulheres falham em todos os requisitos importantes para evitar problemas associados à coluna: embora as clutches resolvam a última questão, por serem malas mais pequenas mas com uma alça longa que permite uma utilização conforme pretendido, essa mesma alça é demasiado fina e, por vezes, em materiais completamente desaconselhados, como as correntes. E que quando muito pesadas, poderão mesmo contribuir para um corte da circulação.
Por outro lado, e de acordo com Luís Teixeira, fundador da associação Spine Matters, médico ortopedista e especialista em patologia da coluna, o transporte permanente de mais de 5% do peso corporal é o responsável pelas dores de costas de grande parte das portuguesas: “É fundamental que seja feita uma ‘limpeza’ regular do conteúdo transportado. Popularmente, costumamos brincar com a quantidade de objetos que cabem numa mala de mulher. No entanto, este é um ponto importante. Às vezes, algo tão simples quanto remover as moedas espalhadas poderá fazer a diferença, tal como a opção por produtos de maquilhagem mais pequenos, livros de bolso em vez dos de tamanho regular e o transporte de comida numa bolsa à parte”, explica. Embora nem sempre as dores sejam associadas à má utilização da mala, quando persistentes ou transformadas em rigidez ou formigueiros, é fundamental consultar um especialista.
Recomendações de Luís Teixeira, Presidente da Associação Spine Matters:
- Reduzir o peso da carteira. O ideal é que o peso da mala não ultrapasse 5% do peso da pessoa (uma mulher de 60 kg, por exemplo, deve carregar uma mala no máximo de 3 kg);
- Fazer um check-up diário à mala. Colocar na carteira apenas o que é necessário e que sabemos que vamos mesmo precisar no dia-a-dia.
- Dar preferência a malas mais pequenas. Evitar usar malas muito grandes. Quanto maior forem, maior a tendência para transportar mais objetos.
- Trocar de ombro frequentemente. Evitar carregar a mala de um lado só. “Alternar o peso entre os ombros ajuda a manter o equilíbrio e pode prevenir lesões musculares e articulares.” explica o médico cirurgião Luís
- Optar por alças confortáveis. “Quanto mais almofadada a alça, melhor” recomenda o especialista. É importante escolher alças mais confortáveis, de preferência almofadadas para darem o máximo de bem-estar.
- Distribuir melhor o peso. Utilizar malas com alças transversais (com duas alças) e mais largas que ajudam a distribuir melhor o peso pelos dois ombros;
- Economizar espaço. Na bolsa com os produtos de higiene e beleza, se utilizar, dê preferência a frascos de menor dimensão que sejam mais leves e que ocupem menos espaço;
- Não acumular tudo numa só carteira. Se costuma andar com agendas ou blocos de notas opte por utilizar uma mala específica onde carrega todos esses itens de forma a equilibrar o peso;
- Pratique exercício físico que ajude a fortalecer os ombros como yoga, pilates ou exercícios com pesos leves. De vez em quando, “pode caminhar sem mala para equilibrar o seu andar natural, por exemplo quando sair para almoçar, ou ao fim-de-semana pode deixar a carteira de lado e caminhar com os braços soltos no seu balanço natural”, explica Luís Teixeira.