Direção da Saúde em Português lamenta que instituição seja mais reconhecida no estrangeiro
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A instituição “tem levado o nome de Coimbra e de Portugal a todo o mundo” e esteve “nas grandes catástrofes da humanidade nos últimos 22 anos”, sublinhou o presidente da direção e cofundador da organização, o médico Hernâni Caniço, referindo que, “por vezes, não é muito compreendido como é que uma organização de direitos humanos chega a todo o mundo” a partir de Coimbra.
“Não são palavras, são 22 anos de luta com cerca de 600 mil beneficiários em todo o mundo”, sobretudo no continente africano e particularmente nos países de língua oficial portuguesa (no âmbito dos quais a associação foi criada), salientou o presidente da direção da Saúde em Português, que falava hoje à tarde, numa conferência de imprensa, após a tomada de posse dos corpos gerentes da organização não-governamental (ONG) para o triénio 2015/2018.
“Fomos os primeiros a oferecermo-nos para ir para a Síria e para a Líbia, mas fomos pura e simplesmente ignorados” pelo Estado português, exemplificou o responsável.
Para melhorar a sua capacidade de resposta na região Centro, a Saúde em Português criou uma delegação que abrange os seis distritos do Centro de Portugal, com sede em Viseu, área onde vai desenvolver ações com reclusos e criar um programa que permita fazer chegar médicos de família a localidades do distrito onde ainda não existem estes clínicos.
“O nosso compromisso é manter o espírito de missão”, é “cumprir objetivos solidários” e é “estimular a cidadania, através de parcerias em projetos nacionais e internacionais”, sintetizou Hernâni Caniço, frisando que a organização que dirige está a defender os direitos humanos e não a “fazer caridade”.
Além de Hernâni Caniço, que foi reconduzido no cargo, tomaram posse os restantes elementos da direção e os membros da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal, presididos pelo médico Agostinho Almeida Santos e pela economista Ruth Bacala, respetivamente.
A Saúde em Português não tem “subsídios ou subvenções”, vive em função das quotizações dos associados, de apoios da sociedade civil e dos projetos nacionais e internacionais a que se candidata, através do Estado português, da União Europeia e das Nações Unidas (ONU), disse Agostinho Almeida Santos.