Dos rituais religiosos à utilização recreativa

Alucinogénios

Atualizado: 
05/11/2019 - 18:00
Embora existam algumas drogas alucinogénias que são naturais, pois estão presentes em vários tipos de plantas, como o cacto denominado peyote ou o fungo Psilocybe, conhecido como cogumelo mágico, existem outras que são parcial ou totalmente sintéticas, como o ácido lisérgico, conhecido como LSD, e inúmeras substâncias similares e derivadas.
Alucinogénios

Apesar de algumas populações indígenas terem sempre recorrido à utilização de alucinogénios naturais durante os seus rituais religiosos, o consumo destas substâncias no ocidente, nomeadamente do LSD, apenas começou a ser mais comum a partir da década de 60, através do movimento hippie, embora o seu consumo após esta fase tenha começado a diminuir.

A administração dos alucinogénios sintéticos efectua-se por via digestiva e os efeitos de uma intoxicação aguda costumam evidenciar-se ao fim de 30 a 120 minutos, podendo persistir por várias horas.

Os efeitos mais significativos são:

  • Alucinações visuais, auditivas e tácteis;
  • Sensação de bem-estar físico e emocional;
  • Euforia e ansiedade;
  • Alteração da própria imagem corporal;
  • Sensação de abrandamento da passagem do tempo;
  • Dilatação das pupilas;
  • Tremor;
  • Palpitações;
  • Debilidade muscular;
  • Irritabilidade;
  • Depressão;
  • Pânico;
  • Crise de profunda perda de personalidade, que pode dar origem a traços de alguma agressividade contra o próprio ou de hostilidade.

O consumo de alucinogénios pode provocar dependência psíquica e tolerância, mas não provoca dependência física, nem síndrome de abstinência.

A manifestação mais significativa da intoxicação crónica é a psicose esquizofreniforme, que se manifesta por uma deterioração da personalidade, com consideráveis alucinações e delírios persecutórios.

Artigos relacionados

Adições não se resolvem apenas com “força de vontade”

Uma visita pelas dependências

Anfetaminas: efeitos e dependência

Fonte: 
medipedia.pt
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Foto: 
ShutterStock