Sociedade Portuguesa de Transplantação

Políticas de saúde para melhor gestão de recursos na área dos transplantes debatidas no Fórum Aberto Sobre Transplantação

As políticas de saúde em transplantação orientadas para a melhoria de resultados uma gestão mais eficaz dos recursos é o tema central do Fórum Aberto Sobre Transplantação de 2015, uma iniciativa que a Sociedade Portuguesa de Transplantação promove anualmente com o objetivo de fazer um balanço da atividade em Portugal.

Todos os profissionais de saúde com interesse pela área dos transplantes podem participar e contribuir com propostas para melhorar os resultados da transplantação em Portugal.

Assim, o primeiro tema em debate serão as estratégias de incentivos à doação e colheita de órgãos de dador cadáver, com especial enfoque nas conclusões do grupo de trabalho e o despacho do Secretário de Estado da Saúde. Será também discutido o valor do investimento nos dadores em paragem cardiocirculatória e a definição dos dadores e órgãos que não estão aptos para transplante.

Outro dos assuntos em debate e que a Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT) define como o “tópico quente” deste fórum é a necessidade de repensar as unidades de transplantação e os gabinetes de coordenação existentes, bem como a utilidade das unidades de referência em transplantação. Fernando Macário, presidente da SPT afirma que “é necessário discutir de forma aberta se a atual dispersão de unidades de transplantação renal na zona de Lisboa beneficia a eficácia da atividade e se todos os hospitais estão a detetar dadores e colher órgãos com a sua máxima eficácia”.

A doação em vida também será analisada e é um dos tópicos que mais preocupa os especialistas da área da transplantação. Apesar de o número de transplantes de rins ter estabilizado nos últimos anos - entre janeiro e julho de 2015 foram transplantados 305 rins -, a doação é um problema que preocupa os responsáveis, não só por não existirem tantos dadores vivos como seria desejável, mas também porque os rins provenientes de dadores cadáveres por vezes têm se ser rejeitados devido à idade e morbilidade prévias dos dadores. O que é importante no transplante a partir de dador vivo hoje, como aumentar os números, o dador altruísta e os caminhos que o Programa Nacional de Doação Renal Cruzada deve seguir serão algumas das questões a debater.

A imunossupressão, essencial para que o organismo não rejeite o órgão transplantado também será objeto de análise. Estará em debate a falta de novos imunossupressores e o papel dos genéricos na realidade atual. A lista de espera para transplante de rim era de 1970 pessoas no final de 2014 e destas 43 morreram à espera. A incidência novos casos de doença renal é de 230 novos casos por milhão de habitantes e a prevalência é superior a mil doentes por milhão de habitantes, só em diálise.

Fonte: 
Guesswhat
Nota: 
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