Investigadores descobrem "código postal" da metástases
Essas tais proteínas, afinal milhões de vesículas de milionésimo de um milímetro, funcionam como uma espécie de "código postal", escreve o Jornal de Notícias.
Meia centena de cientistas, provenientes de sete países, asseguram esta investigação, cujos avanços foram esta quinta-feira publicados na revista "Nature". "Estamos a abrir caminho a possíveis novas terapias", declarou um dos investigadores, Héctor Peinado.
As experiências realizadas, que incluem o apagar desse "código postal" em ratos, revelam resultados muito satistatórios. "Uma redução de 80% das metástases".
O que as equipas têm conseguido é enganar as células tumorais, alterando as instruções que habitualmente provocam inflamações ou formação de vasos sanguíneos, favoráveis à chegada das células tumorais.
A investigação tem concentrado a sua atenção no cancro da mama, que invade o pulmão, e no cancro do pâncreas que viaja até ao fígado.
Na comunidade científica há já quem avance que estamos diante de uma das maiores descobertas recentes sobre o cancro. Héctor Peinado mostra-se, no entanto, ao jornal El Pais, cauteloso, explicando que o "código postal" não funciona a 100%, ainda que crie predisposição ao órgão de destino.