OMS convoca reunião de comissão de emergência sobre síndrome respiratória
Ao todo, 126 pessoas foram infetadas na Coreia do Sul pelo coronavírus Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS, sigla em inglês) desde o primeiro diagnóstico, a 20 de maio, num homem que tinha estado na Arábia Saudita e em outros países do Golfo Pérsico.
"O número de novos casos diminuiu, mas devemos vigiar a situação de perto", declarou um porta-voz da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tarik Jasarevic, numa conferência de impresa em Genebra.
"A comissão de emergências vai reunir-se" na próxima semana, mas a data ainda não foi marcada, disse.
"Trata-se de analisar a situação" e determinar se "constitui uma emergência de saúde pública de alcance internacional", acrescentou Jasarevic, precisando que a última reunião da comissão decorreu a 05 de fevereiro passado.
A Coreia do Sul anunciou hoje que o balanço de mortes causadas pelo coronavírus MERS aumentou para 11, mas as autoridades pediram calma à população, destacando a diminuição do número de novos contágios.
Pelo menos 3.680 pessoas estão atualmente de quarentena, em casa ou no hospital, contra 3.805 na quinta-feira. A quarentena foi levantada para 1.249 pessoas desde o início do surto, o maior fora da Arábia Saudita.
O MERS é um vírus mais mortal, mas menos contagioso, do que o responsável pela Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS, sigla em inglês) que, em 2008, fez cerca de 800 mortos em todo o mundo.
O vírus da MERS provoca uma infeção pulmonar e os afetados sofrem de febre, tosse e dificuldades respiratórias, não havendo, por enquanto, vacina ou tratamento para o vírua. A doença regista uma taxa de mortalidade de cerca de 35%, de acordo com a OMS.
Na Arábia Saudita, mais de 950 pessoas foram contaminadas desde 2012 e 412 morreram.