Estudo sobre as reações à vermelhidão facial mostra

Impacto negativo da Rosácea na vida dos doentes

Realizado em 8 países e com uma amostra de 6.831 pessoas, o estudo Face Values: Global Perceptions Survey demonstra o impacto psicológico e psicossocial da Rosácea.

A revista científica Dermatology & Therapy [1], da Springer Healthcare, publicou um estudo internacional, que demonstra o impacto da vermelhidão facial – eritema - causada pela Rosácea, na vida das pessoas que sofrem desta patologia. Estes resultados fazem parte da investigação Face Values: Global Perceptions Survey e demonstram que as pessoas em geral, e os próprios pacientes com Rosácea, têm tendência para julgar negativamente as pessoas com eritema facial no seu dia-a-dia.

As primeiras impressões e os julgamentos inconscientes revelaram o impacto do eritema facial no bem-estar físico e emocional das pessoas que sofrem de Rosácea. Os resultados do estudo mostraram que a vermelhidão facial está fortemente associada a uma saúde deficitária e a traços de personalidade negativos. Os pacientes que participaram no estudo afirmaram que a doença tem impactos negativos a nível emocional, social e no local de trabalho [1].

“Estes resultados vêm reforçar o nosso compromisso, como médicos, para ajudar os nossos pacientes a compreender melhor a natureza médica da Rosácea e a enfrentar os aspetos psicológicos e físicos da sua condição, através do tratamento correto”, refere Prof. Dr Thomas Dirschka, autor e Head of CentroDerm-Clinic Wuppertal na Alemanha. “Como acontece em muitas patologias da pele, os sintomas são visíveis. No entanto, já existem opções terapêuticas que permitem um controlo destes sintomas e os pacientes não devem ser postos de parte no seu dia-a-dia devido a esta patologia”, acrescenta.

Um total de 6.831 pessoas, de oito países, participaram no estudo Face Values: Global Perceptions Survey, em que observaram fotografias de faces com e sem eritema. As fotografias de pessoas sem vermelhidão facial foram fortemente associadas a traços positivos, como “relaxado” ou “saudável”, enquanto as pessoas com eritema foram mais associadas a uma situação menos saudável e a traços de personalidade negativos, como “doente”, “stressado” e “inseguro”.

Quando confrontados com estas fotografias, a maioria dos participantes mostrou maior tendência para, numa situação laboral, contratar pessoas sem eritema facial – contratariam 85% das pessoas sem vermelhidão versus 70% das pessoas com eritema. No que toca às relações pessoais, as diferenças mantiveram-se: os inquiridos consideraram que poderiam ser amigos de 58% das pessoas com eritema, versus 71% das pessoas sem [1].

Também os pacientes com Rosácea que participaram neste estudo mostraram-se insatisfeitos com a aparência da sua pele e afirmaram sentir-se julgados injustamente no seu dia-a-dia: 36% dos inquiridos com eritema facial afirmaram sentir-se desconfortáveis ao conhecer outras pessoas, enquanto 77% afirmou que a aparência da sua pele tem um impacto emocional, indo desde o constrangimento (46%) até ao sentir-se triste/deprimido (22%) [1].

Perto de metade dos participantes no estudo já experienciaram reações diretas de outras pessoas quando confrontadas com o seu eritema: 15% já ouviram dizer que bebem demais ou que têm acne, e 26% foram alvo de recomendações para cuidados específicos que deveriam ter com a pele [1].

Dra. Linda Papadopoulos, psicodermatologista e co-autora deste paper, afirma: “O nosso estudo realça o facto de as pessoas com eritema facial não terem de gerir apenas os sintomas físicos, mas sejam confrontadas também com os desafios psicológicos da doença, incluindo o preconceito e as perceções negativas dos outros, o que pode causar stress diário e perturbações”.

A vermelhidão facial é um sintoma muito comum e persistente da Rosácea, uma doença dermatológica que afeta cerca de 40 milhões de pessoas em todo o mundo [2]. Esta vermelhidão é comummente acompanhada de uma sensação de desconforto e ardor na testa, bochechas, queixo e nariz, e do surgimento de pústulas ou bolhas em zonas específicas.

A Galderma apoiou a realização deste estudo através da cooperação com o seu departamento médico.

Veja mais informações sobre a campanha da Galderma “Act On Red – Não vire a cara à Rosácea” em http://www.naovireacaraarosacea.pt/.

 

Referências:

1. Dirschka T, et al. Perceptions on the psychological impact of facial erythema associated with rosacea: results of international survey. Dermatol Ther (Heidelb). 2015 May 29. [Epub ahead of print] DOI 10.1007/s13555-015-0077-2. Disponível online: http://link.springer.com/article/10.1007/s13555-015-0077-2/fulltext.html.

Shanler S, Ondo A. Successful treatment of the erythema and flushing of rosacea using a topically applied selective a1 adrenergic receptor agonist, oxymetazoline [abstract taken from J Am Acad Dermatol. 2008;58(2):AB9]. Apresentado em: American Academy of Dermatology 66th Annual Meeting; February 1-5, 2008; San Antonio, TX.

 

Fonte: 
Ogilvy
Nota: 
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