Incontinência urinária
Traduz-se na perda involuntária de urina. Calcula-se que mais de metade das mulheres após os cinquenta anos já tenha tido, pelo menos, um episódio de incontinência urinária. Este ocorre devido à incapacidade da bexiga em reter a urina ou porque as vias urinárias não a conseguem eliminar correctamente.
Entre as causas mais frequentes encontram-se doenças do foro neurológico, aumento da próstata, disfunção dos músculos que suportam a bexiga, deficiência dos esfíncteres da uretra e infecções.
Existem diferentes tipos de incontinência, nomeadamente a incontinência por esforço que é resultado da falta de força nos esfíncteres ou de uma deficiência dos músculos que suportam a uretra. Nesta situação, a incontinência pode inclusivamente ser ocasionada pela tosse, riso ou espirros.
Já quando os músculos dos esfíncteres não se contraem devido a uma lesão ou a bexiga não consegue reter a urina na sequência de uma doença infecciosa ou inflamatória, havendo uma perda constante, em repouso, estamos perante uma incontinência total.
Podem ainda surgir contracções involuntárias do músculo da parede da bexiga, acompanhadas por uma vontade incontrolável de urinar, mesmo que a bexiga não se encontre cheia. Esta é a chamada incontinência por imperiosidade. Para além destes três tipos de incontinência há ainda a incontinência por regurgitação, mista, psicogénica e enurese.
Actualmente, para além da cirurgia e de exercícios de reabilitação muscular, já existem medicamentos especificamente concebidos para actuar ao nível das infecções, do músculo da bexiga e esfíncteres. A taxa de sucesso das diversas terapêuticas é considerável.