Aperfeiçoamento de robô inovador para idosos
O projecto tecnológico, denominado GrowMu, visa permitir que o robô interaja com as pessoas de “uma forma mais humana, lidando com as suas necessidades e hábitos, adaptando dinamicamente as suas funcionalidades e aumentando assim a qualidade do serviço prestado ao longo do tempo, compensando a constante deterioração das capacidades cognitivas inerentes a pessoas na terceira idade”, afirmou a Cáritas de Coimbra.
Para isso, o robô será equipado com “um sistema de diálogo inteligente”, que “detectará emoções demonstradas ao longo do diálogo, e será capaz de manter interacções e de “construir laços” com as pessoas”.
Cofinanciado pela União Europeia, no âmbito do programa Horizonte 2020, o desenvolvimento do sistema, que envolve oito parceiros de seis países (Chipre, Espanha, França, Holanda e Suíça, além de Portugal), é liderado pela Universidade de Coimbra e conta com a participação, designadamente, das universidades de Genebra e do Chipre.
No âmbito do projecto, a Cáritas de Coimbra “coordena os trabalhos relacionados com a ética e a deontologia”, sinalizando questões relacionadas com “a introdução da robótica no quotidiano e com a segurança dos dados e privacidade”, e participando na “experimentação desta tecnologia junto da população sénior”, refere a instituição na mesma nota.
“A avaliação do sistema GrowMeUp será realizada em projectos-piloto na Cáritas de Coimbra e na Orbis (Holanda), ao longo de seis meses, com a participação de cerca de 60 pessoas”, acrescenta.
“O envolvimento dos idosos é importante desde o primeiro instante”, sustenta a Cáritas, adiantando que, em Coimbra, os testes serão feitos na valência de Serviço de Apoio Domiciliário, envolvendo também cuidadores formais e informais de três outros centros de apoio a idosos.
A Cáritas, que “tem vindo a apostar na experimentação de novas tecnologias de apoio aos idosos, que melhorem a sua qualidade de vida e fomentem o envelhecimento activo”, espera que “este sistema traga benefícios práticos e contribua para o bem-estar psicológico e social, ajudando as pessoas de idade a manterem-se activas nas suas casas, prolongando dessa forma a sua independência e qualidade de vida”.
O objectivo “não é substituir a interacção humana”, mas “complementar horários e serviços em que o cuidador formal ou informal” não está disponível, na expectativa de “prolongar a autonomia e suprir dificuldades na realização das actividades da vida diária” dos idosos, conclui a Cáritas de Coimbra.