AMI saúda criação de rede mundial de equipas médicas para crises humanitárias
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou a criação de um novo organismo que irá integrar equipas médicas multifacetadas, que incluirá pessoal de organização não-governamentais, para responder prontamente as crises humanitárias a nível mundial.
De acordo com o responsável pelo novo projecto daquela agência das Nações Unidas, Ian Norton, a ideia é ter equipas devidamente qualificadas em todo o mundo prontas para intervir em caso de emergências graves, tais como epidemias, terramotos e tsunamis.
"Estamos a pedir às organizações, aos países e às organizações não-governamentais para se cadastrarem. Esperamos que se registem, pelo menos, 150 no primeiro ano”, disse aos jornalista, em Genebra, Ian Norton.
Em declarações, o presidente da Assistência Médica Internacional (AMI) disse estar “completamente de acordo” com a iniciativa das Nações Unidas, assinalando que "com certeza que a AMI se irá cadastrar".
“Vejo com bons olhos esta iniciativa da OMS, mas acho que vai ter que ser enquadrada numa estrutura mais alargada que é a OCHA (Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários)”, responsável pela gestão de 13 'clusters', incluindo a da OMS que, no quadro da OCHA, já é responsável pelo ramo da saúde.
“Entendo esta preocupação da OMS, que eu aplaudo, e com certeza que a AMI se irá cadastrar porque já trabalhou inclusive com a OMS e outras agências das Nações Unidas” em situações de emergência, disse Fernando Nobre.
Através desta rede de rápida intervenção, que vai agregar pessoal especializado na área de saúde, a agência das Nações Unidas pretende que se faça uma melhor coordenação das acções humanitárias em todo o modo, caso seja necessário, disse aos jornalistas o responsável pelo projecto, Ian Norton.
As autoridades de países atingidos por situações de emergência poderão consultar a lista e decidir quais equipas médicas estrangeiras serão necessárias para auxiliar as vítimas de eventuais calamidades naturais e epidemias, disse Ian Norton.