Sociedade Portuguesa de Contracepção

Pílula: "Mulheres em autogestão" correm mais riscos

Presidente da Sociedade Portuguesa de Contracepção alerta para necessidade de acompanhamento médico para quem toma a pílula.

“Não há um contraceptivo para todas as mulheres mas várias mulheres para vários contraceptivos,” avisa a presidente da Sociedade Portuguesa de Contracepção (SPC), Teresa Bombas.

Em entrevista ao site P3, do jornal Público, Teresa Bombas mostra-se preocupada com as consequências que pode ter o alerta lançado “sobretudo na comunicação social” sobre a pílula e casos como o de Carolina Tendon, de 22 anos, que morreu de embolia pulmonar, depois de tomar durante dois anos o contraceptivo oral Yasmin.

A presidente da SPC relembra os efeitos que alertas semelhantes tiveram no passado, dando o exemplo do ano de 1995 que viu um aumento de gravidezes e de interrupções voluntárias na Europa graças a um artigo publicado no jornal médico The Lancet que referia um aumento de trombo embolismo nas mulheres que tomavam pílula com duas substâncias: gestodeno e desogestrel.

Teresa Bombas considera seguro continuar a tomar pílula, pelo menos para as “mulheres que o estão a fazer sob vigilância médica”. Todavia, aconselha as mulheres que tomam pílula a terem um acompanhamento regular com o seu médico e a aproveitarem os momentos a sós para serem sinceras sobre o historial médico familiar.

“Acontece que a população está cada vez mais obesa, há cada vez mais consumo de cigarros, uma série de factores de risco que é preciso considerar a longo prazo,” esclarece Teresa Bombas. “Há mulheres que começaram a tomar a pílula aos 20 anos, mas entretanto esqueceram-se que nos últimos dez anos não foram ao médico e que aumentaram 20 quilos e passaram a fumar 20 cigarros", alerta.

Fonte: 
Notícias ao Minuto
Nota: 
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