Doentes oncológicos do Nordeste Transmontano já são tratados na região
Os doentes são agora tratados no hospital desta cidade do Nordeste Transmontano por profissionais do Centro Oncológico de Vila Real, que se deslocam a esta região, graças à parceria estabelecida entre a Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE) e o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD).
Dos cerca de 1.300 doentes com esta patologia no distrito de Bragança, apenas “entre 10 a 15%” vão ter de continuar a deslocar ao Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto e só terão que fazer viagens também, mas a Vila Real, aqueles que necessitem de radioterapia, segundo os responsáveis.
“É um conforto muito superior”, garantiu o presidente do Conselho de Administração da ULSNE, António Marcôa, já que, em vez dos doentes, são os médicos que se deslocam a Macedo de Cavaleiros.
No âmbito desta colaboração, o Centro Oncológico de Vila Real vai contar com os serviços da unidade de cuidados paliativos de Macedo de Cavaleiros, que recentemente duplicou a capacidade de oito para 15 camas e pode ir até às 20.
“Uma percentagem elevada dos doentes internados no Centro Oncológico de Vila Real teriam características de paliativos, era necessário libertara aquelas camas para internamento e tratamento oncológico”, concretizou António Marcôa.
O presidente do CHTMAD, Carlos Cadavez, defendeu que “os doentes devem ser tratados o mais próximo da sua residência”.
“Isto além do conforto que dá ao doente, também poupa dinheiro. Para que é que hão de andar ambulâncias de um lado para o outro se com a deslocação de um profissional concentramos os doentes”, considerou.
O presidente anunciou ainda que “está bem encaminhado” o processo de aquisição de um segundo acelerador linear, que vai implicar um investimento de cerca de três milhões de euros, para o Centro Oncológico de Vila Real ter capacidade de resposta permanente a tratamentos de radioterapia.
O presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros, o social-democrata, Duarte Moreno, aproveitou a presença do secretário de Estado adjunto da Saúde na cerimónia para alertar o Governo para os problemas com se depara o hospital daquela cidade e os receios de encerramento.
“Eu acho que a minha presença aqui, neste momento, deve ser entendida como a prova provada de que não há nenhuma intenção e encerrar este hospital. Não vim de maneira nenhuma proceder às exéquias do hospital, eu vim aqui antes pelo contrário”, respondeu o governante, Fernando Leal da Costa.