Remoção de amianto no comando da PSP de Viana
"As placas de amianto que existiam já foram removidas e já foi colocada a nova cobertura. Nesta altura, está a decorrer a fase de acabamentos que deverá estar concluída entre quarta ou quinta-feira", explicou Raul Curva.
Em causa está uma intervenção de substituição de uma cobertura com cerca de 300 metros quadrados nos anexos do edifício daquele comando, onde funcionam as Esquadras de Trânsito e a Esquadra de Intervenção e Fiscalização Policial, além de um gabinete da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.
As obras agora em fase de conclusão foram iniciadas em Novembro último num investimento de cerca de 150 mil euros e incluíram a substituição da cobertura da garagem do comando distrital.
Naqueles anexos, segundo a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), trabalham cerca de 40 polícias e dois civis.
De acordo com um estudo divulgado em Fevereiro passado por aquela estrutura sindical, nas últimas duas décadas, 23 profissionais que trabalharam - com períodos de tempo de exposição diferentes - naquela área "desenvolveram diversos tipos de cancro".
Destes 23 polícias, segundo adiantou na ocasião a ASPP, 12 morreram da doença.
"Não estamos a afirmar que estas mortes foram causadas pelo amianto, mas as coincidências são muitas e os agentes fizeram a associação entre os problemas de saúde dos colegas e o material da cobertura do anexo", sustentou, na ocasião, Paulo Rodrigues.
Sem data para começar, está uma intervenção mais profunda no edifício do comando distrital, reclamada há vários anos e prevista desde 2011.
"Essas obras estavam a ser tratadas pela Direcção-Geral da Infra-estruturas e Equipamentos, entretanto extinta. Agora o assunto passou para Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna (MAI). Não sei como vai ser", disse, em Julho passado, o intendente José Vieira da Cruz, à margem das comemorações dos 138 anos do comando distrital de Viana do Castelo.
Na altura, o comandante distrital afirmou que a degradação na fachada exterior do edifício principal do comando, "com buracos e cal a cair" faz parecer que o edifício "foi alvo de um atentado" no Iraque ou Afeganistão.
Para a área de policiamento daquela força, que abrange a cidade de Viana do Castelo e a vila da Ponte de Lima, estão destacados 185 elementos policiais.