Portugueses estão a produzir mais lixo
Os dados sobre o ambiente divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que, em mais de 80% dos dias do ano, a qualidade do ar oscilou entre ‘bom’ e ‘muito bom’. O decréscimo da população verificado desde 2010 e a redução de 19,4% no consumo de petróleo entre 2009 e 2012 fez "diminuir as pressões sobre o ambiente", refere o INE.
Também o aumento da potência instalada de energias renováveis, que cresceu a uma média anual de 5,6% entre 2009 e 2013, fez melhorar a qualidade do ar. Em contra ciclo com estes dados estão os da produção de lixo. Em 2013, Portugal produziu quase 16 milhões de toneladas de resíduos urbanos e sectoriais, mais 1,6 milhões de toneladas face ao ano anterior, num aumento de 11,1%. As estatísticas até mostram que os resíduos urbanos diminuíram: 6,6 milhões de toneladas, menos 3,5% face a 2012.
A explicação reside, assim, no crescimento de 18,5% na produção de resíduos sectoriais, que atingiu 11,2 milhões de toneladas em 2013. Em relação aos resíduos urbanos, cada português produz em média 440 kg por ano (equivalente a 1,2 kg por dia), abaixo dos 487 kg da média da União Europeia.
No topo da lista estão Dinamarca, Chipre, Luxemburgo e Alemanha, com mais de 600 quilos de resíduos urbanos por habitante. Menos dependência do petróleo A dependência do petróleo continua a ser muito elevada em Portugal, tendo representado 44,4 % do consumo energético primário em 2013.
Ainda assim, verificou-se uma redução face aos 46,3 % de média entre 2009 e 2013. O gás natural surge como a segunda fonte energética mais consumida no ano passado com 17,4 % do total (18,4% em 2012), seguido do carvão, com 12,2% (13,6% em 2012). As fontes renováveis endógenas contribuíram em média com 22,4 % para o consumo de energia primária entre os anos de 2009 e 2013.