Hospital de Coimbra e centros de saúde partilham informação para prevenir surto de gripe
De acordo com o que é referido no protocolo, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) compromete-se a monitorizar o acesso e tempos de espera nos serviços de urgência, a reforçar, quando necessário, o número de profissionais da equipa de urgência e a dotação de camas de internamento, a acompanhar o acesso de doentes com registo de gripe e a garantir informação bidireccional com os cuidados de saúde primários.
Desta forma, a partir da troca de informações entre os cuidados de saúde primários e os cuidados de saúde hospitalares, será possível um trabalho "de proximidade" e de "antecipação", com os serviços do CHUC a "aumentarem a sua capacidade quando necessário", salientou o presidente do CHUC, José Martins Nunes.
A articulação entre as diferentes entidades permite “adequar os recursos” e “ultrapassar este surto de gripe com menor dificuldade”, frisou.
O protocolo de colaboração foi assinado hoje entre a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), através do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Baixo Mondego e do ACES de Pinhal Interior Norte, e o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, no âmbito da gripe sazonal.
Está também previsto que os ACES alarguem a vacinação contra a gripe sazonal nos grupos de risco, independentemente da sua idade, reforcem, se necessário, a equipa da Linha Saúde 24 e as equipas dos centros de saúde em consulta de atendimento agudo e monitorizem o número de casos de gripe sazonal e de atendimentos agudos em consulta complementar.
Durante a cerimónia de assinatura, a Administração Regional de Saúde informou que cerca de 60% dos idosos da região Centro já estão vacinados contra a gripe, tendo já sido administradas mais de 200 mil vacinas das 240 mil disponibilizadas.
Também 93% da população idosa a viver em lares no Baixo Mondego está vacinada, havendo uma maior aposta nesta vertente por serem pessoas que vivem "num espaço confinado, com vários patologias e em que o impacto da gripe poderia ser mais grave", avançou o director do ACES do Baixo Mondego, António Morais.