Em 2014

Ministro acredita que Portugal vai baixar a tuberculose para números inéditos

O ministro da Saúde estimou que no próximo ano Portugal fique pela primeira vez abaixo dos 20 casos de infecção por tuberculose por cada 100 mil habitantes, aplaudindo os resultados do relatório “Portugal – Infecção VIH, Sida e Tuberculose”.

Falando na abertura da sessão de apresentação pública do documento da Direcção-Geral da Saúde, Paulo Macedo apontou os “dados sobre a diminuição de novos casos de Sida”, o que demonstra o “bom comportamento de números de população heterossexual e dos profissionais do sexo”.

O relatório revela que o número de novos casos de VIH e de Sida diminuíram acentuadamente em 2013, assim como o número de mortes associadas à infecção, e que a transmissão através de relações sexuais entre homens foi a única que aumentou.

Mas também os resultados relativos à tuberculose foram motivo de satisfação para o ministro, que sublinhou o facto de Portugal estar agora a pouco mais de 21 casos por 100 mil habitantes, “a caminho da meta dos 20 por 100 mil”.

“O número de casos novos em 2013 baixou 7% quando comparado com 2012 e as nossas expectativas para o ano de 2014 são de que podemos ficar pela primeira vez abaixo dos 20 casos por 100 mil habitantes”, afirmou o ministro.

Paulo Macedo reconheceu contudo haver ainda indicadores que precisam de ser muito melhorados, ao nível de prevalências em muitas áreas, que estão “acima do que é desejável”. “Comparamo-nos internacionalmente, em áreas como a Diabetes, a Sida e as pneumonias, ainda mal com outros países”, sublinhou.

As cidades do Porto e, em particular, de Lisboa foram as que registaram maior incidência de casos de tuberculose e também de novos casos de VIH, o que levou o secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde a lançar algumas críticas ao presidente da autarquia, pela sua ausência.

No final da apresentação do relatório, Fernando Leal da Costa considerou que seria importante a presença de “elementos da Câmara Municipal de Lisboa”.

“Compreendemos bem que agora as obrigações do presidente da Câmara serão porventura outras também, e por isso mesmo, se calhar, não pode dar tanta atenção a estes assuntos. Mas considerando as ambições entendíveis do presidente da Câmara de Lisboa, seria bom que ele também aproveitasse estas oportunidades para começar a aprender um pouco mais sobre o país que o rodeia e sobre a sua cidade”, afirmou.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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