Estigma limita participação de voluntários
"Há gente que não foi (para o terreno) por causa do estigma, por pressão dos familiares ou por pressão do trabalho", declarou Cristina Castillo, que em Agosto participou na instalação de um centro de tratamento de infectados com Ébola da Cruz Vermelha em Kenema, na Serra Leoa.
"Os trabalhadores em zonas afectadas pelo Ébola sofrem o estigma da doença ao partirem dos seus países e também no regresso", acrescentou a responsável da Cruz Vermelha Internacional (CVI), baseada em Madrid.
Cristina Castillo disse que "alguns voluntários admitem que não teriam ido (em missões no terreno) se soubessem que as suas famílias e o seu trabalho iriam ser afectados".
Nos países afectados, os voluntários desses países também sofrem discriminação nas suas próprias comunidades, nomeadamente por serem eles que realizam o trabalho sensível de enterrar as vítimas.
A Cruz Vermelha lançou 16 operações de combate e prevenção do vírus Ébola na África ocidental que mobilizam mais de 10 mil voluntários e 200 delegados internacionais.