Utentes dos Serviços Públicos de Abrantes

7 mil assinaturas em defesa da maternidade

A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Abrantes anunciou a recolha de quase 7 mil assinaturas pela manutenção da maternidade no hospital de Abrantes, no distrito de Santarém.

No Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), os diversos serviços estão repartidos, em regime de complementaridade, entre as três unidades hospitalares que o constituem - Abrantes, Tomar e Torres Novas -, estando a maternidade instalada em Abrantes, a cerca de 150 quilómetros de Lisboa.

Em declarações à agência Lusa, no pólo da União de Freguesias de Rossio ao sul do Tejo, o porta-voz da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Abrantes (CUSPCA), Manuel Soares, congratulou-se com os resultados da campanha em defesa da maternidade, referindo que "as 6.895 assinaturas recolhidas só foram possíveis com a colaboração de muito do comércio local".

A iniciativa, destacou, "teve para já o mérito de o Ministério da Saúde vir dizer que não está decidido o encerramento da maternidade" em Abrantes, concelho com cerca de 40 mil habitantes.

O porta-voz da CUSPCA destacou a importância do lançamento de um abaixo-assinado para "reafirmar a necessidade de cuidados de proximidade e qualidade", sublinhando as "constantes informações oficiais que colocam em causa a permanência de muitos serviços hospitalares, nomeadamente a maternidade".

O coordenador da CUSPCA afirmou "continuar a temer pelo encerramento da maternidade num futuro mais ou menos próximo".

"A publicação da portaria 82/2014, que visa a reclassificação das unidades hospitalares, o contínuo decréscimo de partos na maternidade de Abrantes (muito longe dos 1.500, que é o número mínimo referenciado como ideal para um serviço de qualidade), a incerteza quanto a anunciados encerramentos, e a apatia das sucessivas administrações do CHMT na promoção e dinamização da maternidade de Abrantes" são os motivos apontados.

As assinaturas recolhidas ao longo dos últimos dois meses vão ser enviadas ao ministro da Saúde e o resultado obtido vai ser dado a conhecer aos grupos parlamentares, autarcas e aos responsáveis das unidades de saúde da região.

"A importância social e humana do serviço de maternidade para o concelho de Abrantes e para toda a região merece que continuemos atentos e mobilizemos as populações em sua defesa", reforçou Manuel Soares, tendo defendido ainda que a cobertura de todo o território concelhio, ao nível de cuidados primários de saúde, "obriga à existência de unidades de saúde móveis e à colocação de médicos de família nas freguesias com mais população".

Fonte: 
LUSA
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Foto: 
ShutterStock